Postado em terça-feira, 28 de janeiro de 2020
às 15:03
Atualizada em terça-feira, 28 de janeiro de 2020
às 16:24
Vander Cherri usa tribuna para apresentar 1ª Semana em Memória das Vítimas do Holocausto
O advogado foi a Câmara Municipal chamara a atenção para o maior genocídio do século XX.
Alessandro Emergente
O presidente do Instituto de Cidadania e Direitos Humanos, o advogado Vander Cherri, usou a tribuna da Câmara Municipal, durante a sessão legislativa de segunda-feira, para apresentar a 1ª Semana em celebração ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Além do anúncio da semana, o advogado travou uma discussão com alguns parlamentares que se colocaram de forma crítica aos direitos humanos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi proclamada, em Paris, pela Assembleia Geral da ONU (Organizações das Nações Unidas), em 10 de dezembro de 1948, três anos após o fim do Holocausto, considerado o maior genocídio do século XX, ocorrido durante o Nazismo, na Alemanha. O documento foi uma reação da comunidade internacional e um marco preventivo a situações como a ocorrida durante o Nazismo.
A programação da 1ª Semana em celebração ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto teve início com uma exposição, na Prefeitura de Alfenas, de quadros cedidos pelo Instituto Histórico Israelita Mineiro. Na quarta-feira haverá uma exposição na Praça Getúlio Vargas, das 9h às 17h.
Na quinta-feira, às 19h na Câmara Municipal, o evento será encerrado com uma palestra proferida pelo diretor do Instituto Histórico Israelita Mineiro, Jacques Ernest Levy.
Momento atual preocupa
Durante a sua explanação, Cherri se mostrou preocupado com o momento político do país, com aumento da intolerância em relação as opiniões divergentes e em relação as minorias. Esse, lembra, foi uma das características do regime nazista que levou ao Holocausto.
“Temos que tomar cuidado com esse (tipo de) discurso”, enfatizou o advogado ao lembrar que o regime nazista, que previa a unidade de ideias, perseguiu não só judeus, mas comunistas, homossexuais, testemunha de Jeová, ciganos e eslavos.
Em dezembro do ano passado, um homem de 57 anos foi flagrado em um bar, em Unaí (MG), usando uma braçadeira com a suástica, símbolo do Nazismo. A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público e ele virou réu por apologia ao Nazismo.
Direitos humanos
Ao falar sobre direitos humanos Cherri lembrou que há uma interpretação incorreta do conceito no senso comum, associando-o apenas a suspeitos de crimes. A garantia de direitos fundamentais, explicou, inclui todo cidadão e serviços como Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Defensoria Pública e Ministério Público atuam garantindo os direitos humanos.
Para compreender melhor o que é direitos humanos clique na reportagem “O que são direitos humanos e por que há quem acredite que seu propósito é a defesa de ´bandidos´?”, produzida pela BBC Brasil.
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