Fake News – notícias para tolos
Autor(a): Leonardo Miranda
Nós, brasileiros, podemos até estarmos revoltados, e é claro que temos nossos motivos. E olha que não são poucos! Na verdade, precisamos estar revoltados demais. Mas, a revolta sem direção tem efeito contrário e, neste contexto, nada me revolta mais que a manipulação da revolta do povo. Isso é jogar baixo, muito baixo! E é exatamente o que vem acontecendo na internet, principalmente após o advento das redes sociais, espaços virtuais nos quais são comum postagens com informações forjadas. Mentiras camufladas de notícias capazes de obterem milhares de “curtidas” e “compartilhamentos”.
As fake news, ou melhor, em português claro: as notícias falsas, são produzidas sem nenhum critério jornalístico e até mesmo por meio da distorção e manipulação de tais critérios com finalidades tendenciosas. Tudo isso deixa de estimular a revolta consciente e engajada para fomentar ainda mais a raiva e o ódio inerente nos desinformados, que além de proliferarem as inverdades no mundo virtual, também as divulgam no mundo real, levando para as conversas do dia a dia toda a desinformação veiculada na rede.
Pois é, dizem que o papel aceita tudo, mas a internet e as redes sociais aceitam tudo e muito mais. E é por isso que cabe a cada um de nós pesquisar a veracidade de tudo que lemos e assistimos. Indo mais a fundo na questão, mesmo que se trate de uma notícia em um jornal de renome, é precisa buscar contrapontos e ler a mesma notícia em diferentes meios de comunicação. Só assim uma pessoa pode ser capaz de criar uma opinião própria sobre as questões, uma opinião que realmente reflita sua necessidade como cidadão.
Uma vez feito isso, fica muito fácil identificar as notícias falsas, os textos são pobres, mal escritos, repletos de erros, omitem fontes e autores, distorcem os fatos, alteram datas, mudam as perspectivas, ou seja, manipulam completamente as informações, revelando o propósito de confundir e desinformar.
Mas, assim como se retira o soro do veneno das cobras, é possível retirar da própria internet e redes sociais tudo que é preciso para combater o veneno das notícias falsas. Basta procurar por páginas de meios de comunicação e de comunicadores sérios, respeitados no meio e compromissados com a constante busca pela verdade e imparcialidade. Profissionais que “dão a cara a tapa”, que assinam seus nomes e citam todas as fontes necessárias. Desenvolvendo o senso critico em artigos e a imparcialidade em matérias e reportagens.
Lembrem-se: notícias falsas alimentam o medo, o ódio e a revolta infundada, justamente o que é necessário para exercer o controle e manipular a opinião pública em atendimento aos interesses de uma minoria.
Portanto, o importante é estar de olhos bem abertos, atentos e desconfiados para não ver apenas aquilo que os outros querem que você veja. Caso contrário, a sua revolta e a sua indignação servirão apenas como instrumentos para que continuem reduzindo você a uma mera marionete. Sempre dizendo e fazendo tudo o que o ventríloquo quer e nunca o que realmente precisaria dizer e fazer. Livre-se dessas amarras, pesquise mais, passe menos vergonha e deixe de empacar a evolução social. Inclusive, não deixe de pesquisar mais sobre as fake news, leia outros artigos, busque notícias verdadeiras sobres as notícias falsas, procure mais informações, não forme sua opinião sobre essa questão lendo apenas este artigo. Garanto que ele é insuficiente.