Postado em quinta-feira, 21 de abril de 2016
às 01:10
Câmara tem apresentação de projetos e aprovação de veto do prefeito
Os vereadores aprovaram um veto do prefeito Maurílio Peloso, além de liberarem as inclusões de três novas propostas.
Da Redação
Na sessão da Câmara Municipal da noite de segunda-feira (18), os vereadores aprovaram um veto do prefeito Maurílio Peloso (PDT), além de liberarem as inclusões de três novas propostas. A Tribuna Livre foi utilizada por um professor da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) que falou sobre a proposta de doação de cadáveres para estudo e pesquisas médicas.
O texto vetado pelo chefe do Executivo é o de autoria do vereador Antônio Carlos da Silva (Dr. Batata/PSB), que trata da revogação da Lei Complementar nº 6, de 27 de dezembro de 2004. Esta Lei foi a utilizada pela administração municipal para reajustar a Taxa de Resíduos Sólidos (taxa do lixo), que faz parte do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJRF) foi no sentido de que a decisão ficasse a cargo do plenário. Apenas Dr. Batata, que também é membro da comissão, registrou opinião contrária.
A proposta do vereador, de revogar a lei de 2004, é inconstitucional, uma vez que esse tipo de matéria tem que ser de iniciativa do Poder Executivo por se tratar de legislação tributária. O parlamentar Elder Martins (PDT) chegou a comentar que a aprovação inicial pelo plenário levava em consideração a possibilidade do prefeito acatar a decisão e, com isso, derrubar o vício de iniciativa, o que não ocorreu.
Em única discussão o plenário manteve o veto do prefeito com apenas um voto contra, novamente de Dr. Batata. “Minha intensão era trazer a discussão do IPTU, uma vez que o aumento foi abusivo. O Executivo não foi justo com o povo e com a Câmara, pois não trouxe a proposta para discussão na Câmara Municipal. Hoje o secretário Marquinhos (Luiz Marcos Leite Moraes, secretário de Governo) esteve aqui de manhã, com a comissão, e disse que haverá uma emenda para consertar o projeto”, relatou o vereador.
Mais projetos
Outras três matérias foram incluídas e entrarão para análises e votações já nas próximas semanas. São elas: A que torna de utilidade pública a Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) feminina de Alfenas, de autoria do presidente Enéias Ferreira de Rezende (PRTB); A que regulamenta a concessão de gratuidade no transporte coletivo urbano de pessoas portadoras de necessidades especiais (além da mudança no parágrafo 3º do artigo 7 da Lei 4.270, relativo ao cartão permanente: “Indispensável aos acompanhantes e dá outras providências”), de autoria de Hemerson Lourenço de Assis (Sonzinho/PT), Evanilson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS) e Enéias; A que concessão de título de cidadania honorária a Maria Estela Lage Pereira, de autoria de Paulo Agenor Madeira (Paulinho do Asfalto/PRTB).
Tribuna e tumulto
Já na Tribuna Livre, o professor Dr. Wagner Costa Rossi Júnior, de anatomia da Unifal, falou sobre o projeto “Ensinado Além da Vida”, que incentiva a doação de cadáveres para o estudo e pesquisa. O reitor Paulo Márcio de Faria e Silva estava entre o público acompanhando a sessão.
E um princípio de tumulto ocorreu na sessão quando uma moradora entrou na sala de sessões, muito nervosa, chorando e pedindo ajuda ao filho, preso poucas horas antes por falta de pensão alimentícia. Ela foi amparada por algumas pessoas e levada para a cozinha para tomar água e procurar se acalmar.
De acordo com Maria Áurea Vitor, residente no Bairro Pinheirinho, o filho Adilson Quintiliano Vitor, que trabalha há 18 anos na prefeitura, tem o valor mensal da pensão descontado do holerite, porém o dinheiro não teria sido repassado a beneficiária, o que gerou um mandado de prisão. O servidor foi levado para o Presídio de Alfenas.
O vereador Francisco Rodrigues da Cunha Neto (Prof. Chico/PDT), líder do governo, fez algumas ligações e comprovou que o desconto no holerite do servidor foi realmente feito. Ele pediu que o setor de Administração da Prefeitura encontrasse o que o ocorreu o problema, além de procurar solucioná-lo.
No dia seguinte a Secretaria Municipal de Administração informou que o pagamento da pensão foi efetuado normalmente a beneficiária. Inclusive, o recibos estariam no setor de tesouraria da Secretaria Municipal de Fazenda. Abaixo, o uso da tribuna pelo professor da Unifal e Maria Áurea Vitor (Fotos: Ascom/Câmara Municipal)



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