Postado em quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
às 16:39
Câmara abre mão de R$ 100 mil que será revertido pela prefeitura à vítimas do temporal
O recurso é parte do repasse mensal da prefeitura ao Legislativo.
Da Redação
Cerca de 24 horas após a tempestade que causou a série de transtornos na cidade, vereadores e prefeito se reuniram na tarde de segunda-feira, 22 de janeiro, na sede do Executivo. Eles trataram da destinação de recursos do Legislativo para colaborar nas ações de emergência.
Logo depois de iniciado o encontro, por volta das 16h, o presidente da Câmara Municipal, Enéias Ferreira de Rezende (PRTB), disse ao prefeito Maurílio Peloso (PDT) pretendia destinar R$ 100 mil da verba legislativa para ajudar na compra de telhas, cestas básicas e outros itens para famílias atingidas pelo temporal de domingo.
“Muitas pessoas procuraram os vereadores hoje de manhã (segunda-feira) e, de comum acordo, resolvemos abrir mão deste recurso da Câmara, mas sem passar na frente da iniciativa do prefeito. O senhor poderá aplicar no que achar necessário”, disse Enéias.
Já o vereador Evanilson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS) levou ao prefeito que conversou com um empresário do ramo imobiliário e que este se disponibilizou a ceder máquinas para atuar nas ações pela cidade.
Inicialmente Maurílio se mostrou resistente, dizendo que o recurso da Câmara poderia retornar normalmente ao caixa do Executivo no final do ano. Além disso, relatou que o Município agiria com critério, através de visitas da Secretaria Municipal de Promoção Social às vítimas. Também falou que a prefeitura já recobriu uma casa e que poderia utilizar o maquinário dos empresários assim que esgotar toda a estrutura da Prefeitura.
Com isso, o vereador José Carlos de Morais (Vardemá/Pros) pediu ao prefeito que agisse com maior agilidade, uma vez que os moradores afetados precisam que as casas sejam restauradas com urgência. “Há pessoas com as casas sem telhas e hoje choveu de novo. Coloque mais gente para as vistorias e use o mesmo critério para as casas que já foram cobertas”, manifestou.
O procurador da Câmara, José Ricardo Leandro e Silva, lembrou que, com a demora, o Município corre o risco de não encontrar material de construção, uma vez que a demanda, especialmente por telhas, cresceu consideravelmente nas últimas horas. “É a lei e da oferta e procura. O decreto de emergência obviamente já dispensa os trâmites burocráticos e a Prefeitura pode comprar tudo da empresa que oferecer menor preço, desde que esteja legalizada”, acrescentou
Posteriormente o prefeito aceitou a proposta dos vereadores e garantiu que já no próximo repasse da verba orçamentária ao Legislativo (ocorre todo dia 20) a Secretaria Municipal de Fazenda reterá R$ 100 mil. “Vamos utilizar este recurso para ajudar as famílias mais carentes”, completou Maurílio.
Também participaram da reunião os vereadores Paulo Agenor Madeira (Paulinho do Asfalto/PRTB), Antônio Carlos da Silva (Dr. Batata/PSB), Waldemilson Gustavo Bassoto (Padre/Pros), Francisco Rodrigues da Cunha Neto (Prof. Chico/PDT) e Jairo Carlos Campos (Jairinho/PDT).
Também no decorrer dessa semana, dois vereadores informaram que foram a Belo Horizonte para uma reunião com a assessoria do secretário de Governo de Minas Gerais, Odair Cunha. Ratinho e Vardemá solicitaram ao secretário a liberação de recursos para Alfenas para ajuda às vítimas da chuva de domingo e para recuperação da cidade.
A chuva de granizo, com vento de cerca de 80 km/h, provocou um caos na cidade, tanto que o prefeito Maurílio Peloso decidiu decretar situação de emergência no dia seguinte. Em cerca de 1 hora, o volume da chuva chegou a 70 milímetros, segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Pelo menos 42 árvores foram derrubadas durante o temporal, de acordo com a Polícia Militar.

Reunião entre vereadores e prefeito foi realizada na segunda-feira (Foto: Ascom/Câmara Municipal)
Vardemá e Ratinho com o Marcos Rocha, assessor do secretário Odair Cunha (Foto: Divulgação)

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