Ministério da Agricultura quer quantificar perdas com as geadas

 Da Redação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento quer quantificar corretamente as perdas na cafeicultura para definir as ações de apoio aos produtores rurais pelo governo federal. A necessidade de um levantamento mais preciso foi comentada pela titular da Pasta, Teresa Cristina, durante a sua visita a Alfenas na última sexta-feira.

A ministra e a secretária de Estado de Agricultura, Ana Valentini, participaram de uma audiência pública, em Alfenas, promovida pela Frente Parlamentar do Café, da Câmara dos Deputados. A Frente é presidida pelo deputado federal Emidinho Madeira (PSB) que coordenou o encontro para discutir os prejuízos gerados ao setor cafeeira com as geadas. 

A estimativa inicial é de que 30% das lavouras de café foram atingidas, segundo a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais). Porém, os especialistas afirmam que será necessário aguardar mais algumas semanas para avaliar as perdas com mais precisão. Além disso, uma nova frente fria está prevista para os próximos dias, o que pode agravar o problema dos produtores rurais. 

Em Alfenas, a ministra e a secretaria estadual visitaram algumas propriedades rurais para conhecerem, de perto, o prejuízo nas plantações. Depois disso, elas participaram de um encontro, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Alfenas, com a participação de prefeitos, vereadores, cafeicultores e representantes de cooperativas e entidades ligadas ao café.

“Quando eu recebi os relatos da geada do dia 20 de julho, eu fiquei muito preocupada. Eu sei o esforço para produzir e a frustração de perder a plantação num ano com boas previsões de valores. Viemos aqui para ver, ouvir e achar soluções em conjunto, sentarmos à mesa para identificarmos uma solução, que não será única. A geada pegou pontos diferentes e, por isso, vamos trabalhar em uma solução conjunta com o estado de Minas Gerais, prefeitos e cooperativas“, disse a ministra. 

Teresa Cristina disse que o governo vai ajudar a encontrar soluções, principalmente para os pequenos produtores. "Vamos sentar com as cooperativas, com os bancos, o Ministério da Agricultura tem o Funcafé que é um dinheiro da cafeicultura. Com essa perda avaliada, vamos ver como podemos ajudar os produtores, principalmente os pequenos, que são os que tem menos recursos para se reerguer", afirmou.

Para a secretária de Estado da Agricultura, é fundamental os municípios realizarem laudos sobre as perdas para quantificar os prejuízos e, segundo ela, a Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais) buscará reforços de profissionais de outras regiões para auxiliar na elaboração desses documentos.