Postado em domingo, 12 de agosto de 2018
às 10:10
Dilma diz que Lula é a grande arma para derrotar o golpe
Em busca de uma vaga ao Senado, Dilma Rousseff visitou Alfenas e defendeu a candidatura do ex-presidente.
Alessandro Emergente
A ex-presidente da República Dilma Rousseff disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, é a “grande arma para derrotar o golpe”. A frase foi durante a sua visita a Alfenas em um evento realizado no Cafezal em Flor na tarde de sábado. A petista inicia a sua corrida por uma das vagas de Minas Gerais ao Senado Federal.
Dilma chegou a Alfenas na manhã de sábado e seguiu para o local do evento acompanhada do prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT), onde discursou para um público, composto em sua maioria por simpatizantes e militantes petistas. Na plateia haviam também lideranças tanto do meio político quanto acadêmico, como o prefeito de Poço Fundo, Renato Ferreira de Oliveira (PT), e o reitor da Unifal (Universidade Federal de Alfenas), Sandro Amadeu Cerveira.
A chegada de Dilma ao local estava marcada para às 13h, mas ela só chegou ao evento por volta das 14h. Cerca de 50 minutos depois, ela iniciou o seu discurso que durou aproximadamente 50 minutos. As críticas ao “golpe”, expressão em referência ao impeachment sofrido em 2016, estavam presentes no discurso da ex-presidente e dos que antecederam a sua fala.
“Lula é de fato uma grande arma para derrotar o golpe”, disse Dilma ao referir-se a grande popularidade do ex-presidente. O petista lidera as pesquisas de intenção voto. A última, divulgada no dia 28, apontou Lula com 21%, de acordo com o levantamento realizado pela CNI/Ibope.
Apesar da defesa da candidatura de Lula à presidência, os petistas também acenaram com a possibilidade do “plano B”: a candidatura do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), tendo Manuela D`Ávila (PCdoB) como vice. Esse momento foi expresso na fala do deputado federal Reginaldo Lopes (PT) ao afirmar que os dois serão as vozes de Lula, afirmando que é preciso manter o apoio ao ex-presidente ou aquele que for indicado por ele.
O principal alvo dos discursos foi o PSDB, apontado como detentor da candidatura do mercado financeiro no cenário nacional, e como articuladores do “golpe”. Uma eventual eleição dos tucanos na disputa presidencial seria, na avaliação de Reginaldo Lopes, a etapa final do golpe, consolidando o que foi iniciado em 2016.
Na sequência, Dilma ironizou o desempenho nas pesquisas pela corrida presidencial dos candidatos que articularam o seu impeachment numa provável menção a PSDB e MDB. Ela não citou nomes, afirmando: “Os golpistas estão sempre abaixo dos dois dígitos”.
Durante o evento, Dilma adotou um discurso mais de esquerda com críticas a reforma trabalhista aprovada pelo atual governo e da venda de ações da Embraer a norte-americana Boeing. Também defendeu a taxação nas transferências de grandes heranças ao afirmar que a tributação é alta para a população, mas leve para os ricos. “As grandes fortunas não são tributadas”, declarou.
Ao final do evento, o prefeito de Alfenas leu uma carta de Lula. Assim como o prefeito de Alfenas, o vice-prefeito de Alfenas, Eliacim do Carmo Lourenço (PCdoB), o deputado estadual Cristiano Silveira (PT) e a ex-secretária de Educação de Minas Gerais Macaé Evaristo integraram a mesa ao lado de Dilma. O encontro foi promovido pelo mandato do deputado federal Reginaldo Lopes.
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