Postado em terça-feira, 10 de novembro de 2015 às 17:20

Técnica de Terraceamento viabiliza cafeicultura de montanha no sul de MG

Localizadas em grandes altitudes e altas declividades, as plantações de café no Estado sofrem com a dificuldade da mecanização e os altos custos de produção


Do Sistema Faemg
 
A prática de terraceamento da lavoura, para combater a erosão causada pelo escoamento da água da chuva e facilitar a entrada de máquinas nos cafezais, pode ser UMA alternativa para viabilizar a cafeicultura de montanha na região Sul de Minas Gerais. Localizadas em grandes altitudes e altas declividades, as plantações de café no Estado sofrem com a dificuldade da mecanização e os altos custos de produção, principalmente com mão de obra, que são maiores do que em outras regiões mais planas. “Muito utilizado em regiões de maior declive, o terraceamento consiste na construção de terraços, em formato de escada, e apresenta estrutura composta de um dique”, afirmou o professor do Departamento de Engenharia Agrícola da Ufla (Universidade Federal de Lavras), Fábio Moreira.
 
O assunto foi apresentado durante o Dia de Mercado de Café, realizado na última quinta-feira (05/11), em Lavras (MG). A palestra “Estratégias para Colheita do Café em Áreas Montanhosas” mostrou que a prática tem crescido nessas regiões de maior declive como alternativa para aumentar a competitividade da cafeicultura e reduzir os custos com a colheita manual. “Infelizmente não há mão de obra suficiente na região para atender a demanda da colheita. O terraceamento é uma forma de permitir o uso de máquinas e tratores e viabilizar a cafeicultura em áreas montanhosas”, disse Fábio.
 
O professor lembrou que em plantações com corredores estreitos, o produtor pode fazer o uso de máquinas portáteis, como derriçadeiras motorizadas, durante as colheitas dos cafés. “É uma alternativa que traz maior rendimento, economia de mão de obra, menor desfolha da planta e, ainda, elimina o uso de escadas em lavouras altas”, explicou o professor de engenharia agrícola da UFLA.
 
As técnicas de colheita e pós-colheita também foram citadas na palestra “Como as Técnicas de Pós-colheita podem Melhorar a Rentabilidade do Cafeicultor”, apresentada pelo professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Leandro Paiva. De acordo com ele, os lotes de café precisam ser colhidos de forma homogênea, principalmente quanto à maturação, para garantir a qualidade final. O processamento de secagem é também um diferencial para qualidade e sabor. “Para secar o café é importante que o lote esteja homogêneo. Caso contrário irá prejudicar a torra dos grãos e consequentemente perderá qualidade e valor”, falou.

[Leia mais]



DEIXE SEU COMENTÁRIO

Caracteres Restantes 500

Termos e Condições para postagens de Comentários


COMENTÁRIOS

    Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

     
     
     
     

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo