Postado em terça-feira, 8 de setembro de 2015
às 09:13
Café rastreado quadruplica a comercialização
Produtores da Região do Cerrado Mineiro comercializam marca exclusiva, valorizada e com origem preservada
Do Portal do Agronegócio
Os cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro, que engloba as regiões do Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba, produzem um café diferenciado. A Região detém o selo de Indicação Geográfica(IG), nas categorias Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO) – reconhecidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) -, que lhe conferem a qualidade e atesta seu histórico. Desde 2012, os produtores contam com um novo sistema de rastreabilidade da certificação de origem, desenvolvido pelo programa Sebraetec. Trata-se de um programa Web que, entre outros benefícios, garante a exclusividade do grão, protegendo os produtores. “O sistema sustenta a qualidade do café e garante que, lá na gôndola, o consumidor final vai saber sobre a origem e a história da bebida que está adquirindo”, ressalta o analista técnico do Sebrae, Marcos Geraldo Alves da Silva.
sebrae_cafedocerrado (Foto: Divulgação/Sebrae)
A Região do Cerrado Mineiro engloba 55 municípios e aproximadamente 4,5 mil produtores (produção anual de cinco milhões de sacas), organizados em oito cooperativas, oito associações e uma fundação, coordenados pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado e amparados tecnicamente pelo Sebrae Minas. Daqueles milhares de cafeicultores, 10% (cerca de 450) já estão utilizando o Sistema de rastreabilidade, conferido aos produtos IP/DO. Para conquistar essa diferenciação, eles preencheram alguns requisitos, começando pela localização de suas propriedades, que devem estar localizadas em municípios daquela região, e a obrigatoriedade de vinculação a uma de suas cooperativas ou associações.
O produtor deve, ainda, cumprir outros compromissos para assegurar os benefícios IP/DO. Os lotes de café são depositados em cooperativa ou armazém credenciado pela Federação, as lavouras têm que estar a, no mínimo, 800 metros de altitude e produzir apenas café da espécie arábica e as amostras dos grãos a serem analisados devem conseguir pontuação mínima de 80 pontos, de acordo com a metodologia da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA). “Cumpridas essas etapas, o produtor está apto a receber o Selo de Origem e Qualidade da Região do Cerrado Mineiro, que será estampado na sacaria (no chamado processo de “lacração”) e seu café já entra com vantagem no mercado”, informa o superintendente da Federação, Juliano Tarabal.
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