Direção da Copasa diz que aguarda encontro com vereadores

Alessandro Emergente

O diretor de operações Sudoeste da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Paulo Fernandes Lopes, disse que a empresa está “à disposição” dos vereadores de Alfenas para esclarecimentos. O assunto em pauta deverá ser as tarifas de água e a proposta de suspensão da cobrança da taxa de esgoto.

Na semana passada, a Câmara Municipal aprovou um requerimento no qual solicita ao prefeito Maurílio Peloso (PDT) que faça a intermediação para um encontro entre a direção da Copasa com todos os vereadores. 

Uma lei, sancionada na última sexta-feira, suspende a cobrança da tarifa de esgoto até que a empresa trate o esgoto em todo o município. Atualmente, o sistema de tratamento de esgoto não abrange duas regiões da cidade - as bacias do Vista Alegre e Vila Teixeira. 

Foto: Sérgio Andrigo/Arquivo 

 Por isso, nestas duas regiões, os consumidores pagam uma tarifa de esgoto de 50% sobre a conta de água. Nas demais localidades, a tarifa é de 90%. É este percentual que os vereadores querem a suspensão. Segundo uma nota da Copasa, encaminhada à imprensa em fevereiro, 96% do esgoto coletado na cidade passaram a ser tratados.

Reunião

Lopes, em entrevista publicada pelo jornal Folha do Lago no final de semana, disse que ainda não recebeu nenhuma comunicação para uma reunião com a Câmara Municipal. Porém, adiantou que a direção da empresa está “à disposição” para qualquer esclarecimento. “É um direito que eles têm e o direito das pessoas tem que ser preservado”, declarou ao lembrar que se trata de uma empresa pública.

Na quinta-feira passada, um dia antes da lei ser sancionada pelo prefeito Maurílio Peloso (PDT), Lopes disse que caberá ao departamento jurídico da Copasa analisar, mas garantiu que isto não afetará a qualidade dos serviços prestados no município. Disse, porém, acreditar que “não faz sentido uma imposição” de suspensão da tarifa “num momento que falta pouco” para que o tratamento chegue a 100% da cidade.

Os atrasos são justificados pela Copasa por demandas judiciais. Para implantar todo o sistema de tratamento de esgoto à Copasa teve que negociar 400 áreas pelo município por onde passam a tubulação. No entanto, em seis terrenos não houve acordo amigável com os proprietários. São pequenos trechos que impedem o funcionamento por completo do sistema. Estes casos foram parar na Justiça.