Postado em segunda-feira, 22 de abril de 2013
às 23:49
PT nega existência de contrato com a Urbis
Da Redação
A assessoria do Partido dos Trabalhadores negou, nesta segunda-feira (22), que a prefeitura, na gestão passada, tenha firmado contrato com a Urbis - Instituto de Gestão Pública. O Instituto é alvo de investigações da Polícia Federal (PF) por um esquema de fraude tributária em prefeituras capixabas.
No domingo, o Alfenas Hoje mostrou que a Urbis teria atuado em Alfenas com base em uma reportagem exclusiva do Estado de Minas. No entanto, segundo a assessoria do PT, os documentos não comprovam necessariamente a assinatura de contrato e prestação de serviço do Instituto de Gestão Pública à prefeitura de Alfenas.
A reportagem do Estado de Minas afirma que, durante uma operação da Polícia Federal (PF) na sede da empresa, em Vitória (ES), foram encontrados documentos de municípios mineiros, entre eles Alfenas. Seria um indício de que foi firmado contrato, o que foi negado nesta segunda-feira pelo PT.
A assessoria do antigo governo disse que, em muitos casos, prestadores de serviço apresentam propostas aos municípios, mas os contratos não chegam ser firmados. Levanta a hipótese de que os documentos encontrados na sede da Urbis possam ser apenas propostas, uma vez que nenhum contrato com o Instituto teria sido assinado na gestão passada.
A reportagem do Estado de Minas informa que a Urbis firmou contratos com 49 cidades mineiras e em 35 a Receita Federal (RF) realizou ou está executando auditorias. O nome desses municípios não é informado pela RF. Até dezembro do ano passado não houve auditorias da Receita em Alfenas, segundo o antigo governo.
Os contratos da Urbis com prefeituras capixabas estão sendo investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Espirito Santo (MP/ES). Os 33 contratos com municípios do Espirito Santo causaram prejuízo de cerca de R$ 230 milhões.
Segundo o Estado de Minas, nenhuma informação do caso foi encaminhada pela PF e pelo MP capixaba aos promotores e procuradores mineiros apontando evidências ou suspeita de fraude nos contratos com as prefeituras mineiras que tiveram contratos encontrados na Operação Camaro Amarelo – entre elas, Alfenas. Uma análise aprofundada desde documentos é de competência do Ministério Público de Minas Gerais (MP/MG).

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