Postado em sexta-feira, 19 de abril de 2013
às 12:08
Vereadores avaliam início da gestão de Maurílio Peloso
A reportagem ouviu, nas últimas semanas, a avaliação feita pelos vereadores sobre os 100 dias do governo de Maurílio Peloso (PDT).
Alessandro Emergente
A reportagem ouviu, nas últimas semanas, a avaliação feita pelos vereadores sobre os 100 dias do governo de Maurílio Peloso (PDT). Alguns avaliam o início como positivo dentro do cenário político e econômico atual, mas a maioria reprova os primeiros meses da gestão.
O peemedebista Elder Martins, que tem adotado cautela nas críticas, diz que até o momento “nada foi feito”, mas que o tempo ainda é precoce para uma avaliação. Atribui esta dificuldade a uma falha na transição de governo e que, nestes primeiros meses, o governo somente “tomou pé da situação”.
Para Antônio Carlos da Silva (Dr. Batata/PSB), ainda se trata de um governo de expectativas. “Resultados ainda não vi diante das expectativas da população. Mas acho que ele vai conseguir”, afirmou.
A articulação política é apontada como um dos grande problemas na avaliação dos vereadores Evanílson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS) e José Carlos de Morais (Vardemá/PT). O petista diz que particularmente não enfrenta problemas na relação com o governo, principalmente pela ligação de amizade com o vice-prefeito, mas admite que falta alguém do Executivo que exerça a função de “elo de ligação” entre os dois poderes.
Ratinho reclama que falta empenho na execução de serviços básicos de manutenção como limpeza e tapa-buracos. “São as críticas que ouvimos no dia-a-dia”, declara.
Questionado pela reportagem, Hesse Luiz Pereira (PSDB) acredita que o tom mais elevado das críticas pode ter motivação política. Cita que as respostas a requerimentos têm sido respondidas dentro do prazo regimental, o que nem sempre ocorria na gestão anterior. “Dentro da situação, acredito que está fazendo o que é possível”, opina.
Insatisfação
Na ala de vereadores insatisfeitos com o início da gestão de Maurílio, Waldemilson Bassoto (Padre Waldemilson/PT) critica uma postura tecnicista do governo, onde revela uma preocupação com o controle das finanças, o que é positivo. Porém, deixa de lado a preocupação social, o que era uma característica marcante do governo passado.
Enéias Rezende (PRTB) vai mais além e diz que o governo “está muito devagar”. Na avaliação do parlamentar, a atual gestão erra na articulação política ao não estabelecer relação com a Câmara Municipal. Critica a postura do atual prefeito em achar que pode “governar sozinho”, sem o respaldo do Poder Legislativo.
Companheiro de partido de Enéias, Paulo Madeira (Paulinho do Asfalto) diz não ter gostado deste início e critica a relação do prefeito com a população. “Ele atende poucas pessoas e na antessala (do gabinete). No varejo”, reclama.
O presidente da Câmara, Hemerson Lourenço de Assis (Sonzinho/PT), é taxativo ao responder sobre a avaliação que faz: “É péssimo”. Diz que a avaliação negativa é tanto na articulação quanto na administração.
Em defesa
Partidário de Maurílio, Jairo Campos (Jairinho/PDT) atribui as dificuldades a falta de experiência, mas acredita que nos próximos meses o atual governo colocará a “casa em ordem”.
O líder do governo na Câmara, vereador Francisco Rodrigues da Cunha Neto (PDT), diz que a atual administração tem adotado um estilo de governo transparente e correto. O momento, segundo ele, é de colocar “a casa em ordem” e que as obras devem aparecer com o tempo. Sobre os buracos nas ruas, diz que os 100 dias de governo foi um período de chuva, o que prejudica uma ação mais efetiva.
Na relação política, crítica de vários vereadores, o líder do governo acredita que não há dificuldades, mas que o sistema administrativo é diferente da gestão anterior e, por isso, o momento é de adaptação. “As pessoas são diferentes e os governos são diferentes”, declara.
A reportagem tentou contato com o vereador Vagner Tarcísio de Morais (Guinho/PT), mas o seu telefone estava desligado.

COMENTÁRIOS