Postado em sábado, 16 de março de 2013
às 13:23
Prefeitura fecha farmácia especial e descentraliza distribuição
A Secretaria Municipal de Saúde decidiu encerrar o atendimento à população na Farmácia Especial e descentralizar a distribuição de medicamentos.
Alessandro Emergente
A Secretaria Municipal de Saúde decidiu encerrar o atendimento à população na Farmácia Especial e descentralizar a distribuição de medicamentos. A partir de agora os remédios serão distribuídos nas 13 unidades de PSF (Programa Saúde da Família) e nos dois ambulatórios da cidade (São Vicente e Aparecida).
O anúncio foi feito à imprensa, na tarde de quinta-feira, pelo secretário Mério Rodrigues Alves (Saúde) na sala de espera do gabinete do prefeito Maurílio Peloso (PDT). Segundo ele, com as mudanças a administração pretende melhorar o atendimento à população e reduzir custos operacionais.
Pelo novo modelo de distribuição o paciente irá até a uma das unidades do PSF ou nos ambulatórios com a receita para retirada do medicamento. Caso não haja o remédio solicitado na unidade, um funcionário ficará responsável por verificar junto à CDM (Central de Distribuição de Medicamentos) onde há o remédio e disponibilizá-lo ao paciente, que não terá que fazer o deslocamento. Mério Alves disse que os funcionários dos PSFs e dos ambulatórios terão um prazo de até três dias para fazer a entrega do medicamento.
Fotos: Alessandro Emergente
Acompanhado do gerente administrativo do Ambulatório Dr. Plínio do Prado Coutinho,
Eduardo Motta, o secretário de Saúde, Mério Alves, falou com a imprensa
O pedido do medicamento continuará sendo feito com uma receita do SUS (Sistema Único de Saúde). Mas, no caso dos remédios especiais (que não integram a lista básica do município), além da receita será exigido também uma justificativa feita pelo médico para o uso do medicamento.
A lista do SUS inclui medicamentos de responsabilidade do município e do Estado. Porém, atendendo à decisões emergenciais, a administração municipal vinha fornecendo medicamentos da lista do Estado por não haver a disponibilização pela Secretaria de Estado de Saúde.
O secretário de Saúde informou que já fez um contato com a Defensoria Pública informando que o município fornecerá este tipo de remédio por até 90 dias para que o Estado assuma a responsabilidade pelo fornecimento destes medicamentos.
Novos PSFs
Durante a entrevista, Mério Alves estava acompanhado da nova coordenador dos PSFs, Aparecida Azola, e do gerente administrativo do Ambulatório Dr. Plínio do Prado Coutinho, Eduardo Motta. Eles aproveitaram para informar que três novos PSFs serão implantados até o final do ano.
A coordenadora dos PSFs, Aparecida Azola, disse que três novas
unidades de PSF devem ser implantadas ainda este ano
As novas unidades previstas serão no Santa Rita, Jardim Primavera e Gaspar Lopes. A necessidade de uma nova unidade no Jardim Primavera, segundo Aparecida Azola, é que a inauguração de novos apartamentos populares, no Jardim São Carlos, criará uma nova demanda de pacientes naquela região da cidade.
Atualmente, existem 13 unidades de PSF, sendo 12 na área urbana e uma unidade itinerante na zona rural. Pelo planejamento da Secretaria de Saúde, a nova unidade no Gaspar Lopes também atenderia parte da área rural.
Segundo a coordenadora dos PSFs, o Ministério da Saúde recomenda uma unidade de PSF para uma área que abrange 2.500 a 4.000 pessoas. O número ideal, segundo ela, é de 3 mil pessoas para cada unidade.
Dívidas com fornecedores
Sobre o débito com fornecedores de remédios contraídos na gestão anterior, o secretário não soube precisar. Disse que tem conhecimento de um débito de R$ 114 mil com um dos fornecedores e que estes referem-se a novembro e dezembro.
Mério Alves disse ainda que as dívidas com os hospitais estão “zeradas”. Quanto ao contrato com fornecedores de remédio, o secretário afirmou que os mesmos continuam valendo até o final de março e que só então começará o processo de nova licitação.
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