Postado em domingo, 31 de agosto de 2025 às 17:05

Pesquisadores da Unifal criam aplicativo para identificar desequilíbrio muscular

Ferramenta pode ajudar a prevenir dores crônicas e oferecer uma alternativa acessível a equipamentos de alto custo para profissionais de saúde.


 Da Redação

Pesquisadores da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) desenvolveram um aplicativo promissor, capaz de identificar e corrigir desequilíbrios entre músculos agonistas e antagonistas. A ferramenta, que pode auxiliar na prevenção de dores causadas por esses desequilíbrios, foi o foco de um estudo realizado na universidade.

A pesquisa é parte da tese de doutorado do pesquisador e professor de Fisioterapia Dennis William Abdala, com orientação do professor Leonardo César Carvalho, no Programa de Pós-Graduação em Biociências Aplicadas à Saúde (PPGB). Músculos agonistas são os principais responsáveis por um movimento, enquanto os antagonistas se opõem a ele, trabalhando em conjunto para a realização de tarefas como a flexão do braço.

O estudo, realizado entre março e setembro de 2023 com 27 adultos jovens, submeteu os participantes a testes de resistência muscular. Os dados coletados foram inseridos no aplicativo, que analisou o equilíbrio muscular. Os resultados foram comparados com exames complementares como a eletromiografia, que mede impulsos elétricos, e a baropodometria, que avalia o equilíbrio do corpo.

Potencial e acessibilidade

De acordo com Dennis Abdala, os resultados iniciais são promissores. "O fato de já ser possível avaliar músculos agonistas e antagonistas de forma acessível, rápida e com coerência clínica representa um avanço significativo", ressalta o pesquisador. Ele explica que, atualmente, a avaliação de desequilíbrio muscular é feita com aparelhos isocinéticos, que possuem custo elevado e acesso limitado. O novo aplicativo, por sua vez, oferece uma alternativa prática e econômica para profissionais de saúde.

Os autores da pesquisa destacam que, para tornar os dados mais robustos, é necessário ampliar a amostra de participantes, incluindo diferentes faixas etárias, níveis de atividade física e condições de saúde. Essa diversidade permitirá validar os achados iniciais e aprimorar a ferramenta para que ela ofereça avaliações ainda mais precisas e personalizadas. O estudo, financiado parcialmente pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), já gerou três artigos científicos.



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