Postado em quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
às 12:37
Atualizada em quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
às 19:50
Projeto garantirá autossustentabilidade de água à Secretaria
Um projeto que está sendo desenvolvido pela Secretaria de Obras deve tornar a Secretaria autossustentável no abastecimento de água.
Alessandro Emergente
Um projeto que está sendo desenvolvido pela Secretaria de Obras deve tornar a Secretaria autossustentável no abastecimento de água. A expectativa é que já no primeiro mês em funcionamento o sistema permita uma economia que pague o investimento feito com a sua implantação.
O vice-prefeito e secretário de Obras, Décio Paulino, informa que foi solicitado um levantamento do material hidráulico necessário para o projeto e, segundo ele, o custo de investimento não é maior que R$ 3,5 mil.
A ideia é aproveitar a água de duas nascentes, que ficam na Secretaria, e de um córrego (abastecido por mais outras três nascentes próximas ao local) que passa logo abaixo do prédio. A previsão feita pelo secretário é que o volume gerado de água é suficiente para abastecer os reservatórios da Secretaria.
Fotos: Reprodução

O córrego, próximo a Secretaria de Obras, é abastecido por cinco nascentes
Além da utilização da água no prédio da Secretaria de Obras, no local também é feito o sistema de lavagem dos carros e maquinários da prefeitura. Com isso, a conta de água da Secretaria supera os R$ 9 mil mensais, valor de março do ano passado.
Não foi informada a previsão para que o novo sistema já esteja em funcionamento.
Polêmica sobre autoria
Uma disputa sobre a autoria da ideia gera polêmica. Quem inicialmente procurou a reportagem para falar sobre o projeto é Itamar Silva, servidor comissionado da prefeitura. Ele disse que apresentou a ideia a atual gestão e deu detalhes sobre o projeto à reportagem.

A água captada no córrego será bombeada para os reservatórios da Secretaria
Segundo Silva, hoje o consumo da Secretaria de Obras é de cerca de 80 mil litros, demanda que será atendida pelo projeto. Afirma que o custo com água da Secretaria caiu após setembro devido a uma “desaceleração”, porém em meses “de pico” a conta da Copasa chega a R$ 12 mil mensais.
Décio Paulino disse desconhecer a autoria do projeto como sendo de Itamar Silva. Afirmou ainda que se foi protocolado qualquer documento direcionado a ele, o mesmo não chegou as suas mãos.

O sistema para lavar carros e maquinários da prefeitura fica na Secretaria de Obras
Silva apresentou à reportagem a cópia de um ofício, protocolado na Secretaria Administrativa de Agricultura e Meio Ambiente em 17 de janeiro, no qual apresenta a ideia de aproveitamento da água das nascentes. O documento é endereçado a Décio e ao secretário de Agricultura e Meio Ambiente, John Straus.
Itamar Silva diz ainda que, com a implantação do projeto, a conta da Copasa pode chegar a cerca de R$ 250 por mês. Ele afirma que um projeto semelhante pode ser usado pelo Presídio de Alfenas.
Em Tempo
Em nota encaminhada a redação após a publicação da matéria, a assessoria de comunicação da prefeitura comunicou que o secretário Décio Paulino parabeniza a iniciativa do servidor pelo projeto. Porém, reafirmou que Décio não recebeu o ofício, uma vez que o mesmo foi protocolado na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e não em sua secretaria, que é a de Obras e de Desenvolvimento Urbano.
Limpeza pública
O secretário de Obras informou que a atual administração decidiu prorrogar o contrato com a empresa Alfenas Ambiental. Com isso, duas equipes de limpeza (varrição e capina) iniciaram os trabalhos. Os 18 funcionários (além de quatro fiscais) estão iniciando o trabalho de limpeza em dois pontos da cidade: avenida Jovino Fernandes Salles e no bairro Vista Grande.
Décio Paulino disse que, até então, o trabalho de limpeza vinha sendo feito por duas equipes com dez servidores efetivos no total, além de 40 servidores da varrição que se concentram na região central e próxima ao Velório Municipal.
O secretário também comunicou a liberação de recursos para pavimentação asfáltica para as ruas Silviano Brandão e Pio XII. No entanto, Décio Paulino analisa a possibilidade de realocar o recurso previsto para a Silviano Brandão para outra rua. Isto porque, segundo ele, é necessário implantar uma nova rede de galerias de água no local, uma vez que a atual não permite a vazão da água, prejudicando a região próxima ao Campo do Alfenense.
Segundo o secretário, a emulsão asfática está chegando ao fim. Vinha sendo utilizado o restante do asfalto fornecido pela empresa Híper Engenharia, que teve seu contrato prorrogado. Nos próximos dias, a prefeitura deve acertar um débito de R$ 111 mil com a Petrobrás, referentes as quatro últimas notas fiscais. Com isso, a estatal deve repassar ao município emulsão asfáltica.

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