Postado em terça-feira, 15 de janeiro de 2013 às 20:46
Atualizada em quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 às 14:48

Secretário de Saúde revela dificuldades com a frota de veículos

A situação da frota de veículos da prefeitura tem trazido dificuldades no atendimento aos pacientes. O secretário de saúde, Mério Alves, falou com a imprensa sobre o problema.


Alessandro Emergente

A situação da frota de veículos da prefeitura tem trazido dificuldades no atendimento aos pacientes. Nesta terça-feira (15), o secretário de saúde, Mério Alves, falou com a imprensa e revelou as dificuldades enfrentadas nas primeiras semanas à frente da Secretaria devido a precariedade da frota.

De acordo com Alves, das cinco ambulâncias da prefeitura só uma está sendo utilizada. As demais estão paradas porque, segundo ele, não há condições de uso. “Mesmo assim, ela (a ambulância que está sendo utilizada) estava em Belo Horizonte na semana passada para uma revisão”, declarou.

Outros veículos para uso da Secretaria de Saúde também estariam sucateados. Como solução emergencial o transporte de pacientes está sendo feito por veículos da Secretaria de Educação, uma vez que as aulas não começaram. Os veículos da Secretaria de Educação não podem ser utilizados em outra finalidade, mas esta é uma “situação emergencial”, explica o secretário.

O coordenador de transporte da prefeitura, Donizetti José Moreira, informou que, na semana passada, um veículo, que transportava pacientes para tratamento em São Paulo, acabou estragando na capital paulista. Foi necessário enviar um outro automóvel para buscar os pacientes.

Fotos: Alessandro Emergente

Só uma ambulância está em condições de uso. Outros veículos também estão parados

Na tarde desta terça-feira, uma VW Kombi da prefeitura que trazia pacientes, que fazem radioterapia em outros municípios, estragou ao chegar na cidade. O veículo ficou parado no bairro Vila Teixeira e, novamente, foi preciso buscar os pacientes em outro automóvel. “Em caráter sofrível temos três veículos (em condições de uso)”, disse o secretário.

Uma proposta apresentada pela equipe de governo ao prefeito Maurílio Peloso (PDT) é que a prefeitura alugue veículos para atendimento aos pacientes por cerca de 30 dias. Neste período, os automóveis seriam enviados para o concerto. 

O secretário de Saúde disse que duas VW Kombi e cinco veículos de passeio seriam suficientes para atender provisoriamente a demanda . “Estamos aqui para preservar a vida das pessoas e não colocá-la em risco nas estradas”, declarou Alves.

A frota da Secretaria de Educação também está em condições precárias, diz o coordenador de transporte da prefeitura. Com o início das aulas, a situação deve se agravar caso não seja adotada uma medida emergencial.

Em Tempo

A assessoria do ex-prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT) entrou em contato com a reportagem para informar que há dois veículos zero quilômetros à disposição da prefeitura, que já podem ser retirados na concessionária.

De acordo com a assessoria do ex-prefeito, um Fiat Doblô e um Fiat Uno foram adquiridos pelo Estado em benefício do município por meio de uma emenda parlamentar apresentada pelo deputado estadual Pompilio Canavez (PT). Segundo a assessoria, a prefeitura de Alfenas já está apta a retirar os veículos na concessionária.  

Transporte de pacientes

O secretário diz que um auditor-médico fará um levantamento de todos os exames e atendimentos que são realizados em Alfenas. O objetivo é reduzir o tratamento fora do domicílio, classificado como TDF. Num único dia, chega até sete o número de viagens.

O secretário de Saúde, Mério Alves, falou sobre os problemas com a imprensa na tarde de terça-feira

Segundo Alves, mesmo que o atendimento de clínicas de Alfenas seja particular, a nova gestão tentará negociar convênios. Quando não for possível em Alfenas, a meta é concentrar os atendimentos em cidades próximas como Pouso Alegre, Poços de Caldas e Varginha.

Além de reduzir custos, estas medidas proporcionarão mais conforto aos pacientes, na avaliação do secretário. “A meta é prestigiar o atendimento em Alfenas”, observa.

Medicamentos

Segundo o novo secretário de Saúde, a central de distribuição de medicamentos está com a situação normalizada após um acordo com os fornecedores. Os remédios estão sendo encaminhados às unidades do PSF (Programa Saúde da Família).

Na Farmácia Especial, segundo o secretário, a situação começa a se normalizar. Uma das medidas será fazer um novo cadastro de pacientes que necessitam de medicamentos, pois hoje este número chega a 5 mil cadastrados. Para se ter uma ideia, são 280 mil cartões do SUS (Sistema Único de Saúde) para uma população inferior a 80 mil habitantes.

No final do ano passado, a antiga gestão adotou um sistema de contenção de despesas devido a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e limitou o fornecimento de medicamentos especiais, que não fazem parte da lista obrigatória do SUS. Estes medicamentos, não obrigatórios, eram fornecidos por meio do Programa Farmácia Especial.  

Alves explica que medicamentos, fora da lista do município, e que são da lista do Estado, terão que ser fornecidos pela Superintendência Regional de Saúde. A prefeitura deve continuar a fornecer, no caso de doenças graves, por até três meses até que o Estado faça a adequação do fornecimento.

Dívida

O débito apurado com o Hospital Universitário Alzira Velano (HUAV) é de R$ 8,073 milhões. Segundo o secretário, a forma de pagamento ainda será negociada com a direção do hospital. Outros R$ 3,645 milhões foram negociados pela antiga gestão e ficou acertado o pagamento mensal de parcelas de R$ 93 mil.

O secretário executivo da Saúde, Kleuber Batista Rocha,
acompanhou a entrevista do secretário de Saúde

Com o Hospital Santa Casa (HSC), a situação é mais tranquila. Apesar de ter sido apurado um débito de cerca de R$ 2,7 milhões, Alves explica que há uma compensação financeira pelos serviços de oncologia, que deve ser creditado pelo Estado, o que praticamente soluciona o débito.

Com relação aos demais fornecedores, que tenham débito com a prefeitura, o secretário de Saúde solicita que eles procurem a municipalidade em até oito dias para que a administração possa tomar ciência e planejar os pagamentos. “Precisamos trabalhar em cima de números exatos e não em cima de projeções” , observa.

Outras medidas

Sem falar em números exatos, o secretário disse que já houve uma redução de 20% no quadro de servidores da Secretaria de Saúde. Disse que é procurado por pessoas que pedem emprego, mas alerta que a nova gestão tem como critério a meritocracia e afasta qualquer possibilidade de adotar uma postura paternalista. “Queremos colocar elementos pontuais para melhorar a saúde do município”, declarou.

O secretário executivo da Saúde, Kleuber Batista Rocha, disse que uma das medidas emergenciais é recompor a estrutura dos PSFs para que estes possam dar resolutividade aos problemas na própria unidade.

Rocha revela que o gargalo nas unidades é na recepção e no serviço de limpeza, uma vez que os contratos temporários foram encerrados em dezembro. Por isso, aguarda posicionamento do jurídico da prefeitura para firmar novos contratos temporários ou convocar os aprovados no concurso público, que está sendo analisado quanto a sua legalidade. 



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