Postado em domingo, 6 de janeiro de 2013
às 21:48
Ex-procurador no governo petista assume procuradoria da Câmara
O ex-procurador geral do município durante o governo petista é o novo procurador geral da Câmara Municipal. O advogado José Ricardo Leandro e Silva assumiu o cargo.
Alessandro Emergente
O ex-procurador geral do município durante o governo petista é o novo procurador geral da Câmara Municipal. O advogado José Ricardo Leandro e Silva assumiu o cargo na semana que passou, nomeado pelo novo presidente da Casa, Hemerson de Assis Lourenço (Sonzinho/PT).
A nomeação foi feita um dia após Sonzinho ser eleito o novo presidente da Câmara Municipal em uma eleição polêmica, realizada no dia da posse dos vereadores. Ele substitui a então procuradora Danielle Souza, professora do curso de Direito da Unifenas (Universidade José do Rosário Velano).
José Ricardo assumiu a Procuradoria Geral do município no final de 2007 na função até então ocupada por Tatiana Cardoso Teixeira Viana, que continuou a integrar a equipe da Procuradoria do município e, depois, assumiu uma vaga no quadro de docentes da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) no campus de Varginha.
Queda de braço
A nomeação do novo procurador (cargo de livre nomeação da presidência), ligado ao grupo político petista, demonstra o “peso” da derrota do Governo na disputa pela presidência da Câmara. Embora em um cargo técnico, a nomeação pode ser entendida politicamente como uma “ocupação de espaço” pela oposição no Legislativo.
O PT levou não somente a presidência, mas também a vice-presidência com Vagner Tarcísio de Morais (Guinho/PT), cunhado e um dos principais aliados políticos do ex-prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT). O cargo de suplente de secretário ficou com outro petista, Waldemílson Gustavo Bassoto (Padre Waldemílson).
Somente o cargo de 2º secretário da Mesa Diretora ficou com um governista, Jairo Campos (Jairinho), que é filiado ao PDT, partido do prefeito Maurílio Peloso. A primeira secretaria ficou com o presidente do PRTB, Enéias Rezende, que integrou a base de sustentação do governo petista e apoiou a reeleição de Luizinho. Porém, a posição do PRTB ainda é incerta.
Bastidores
Nos bastidores, comentava-se também a nomeação de Antônio Carlos Esteves Pereira, ex-secretário de Governo durante a gestão de Luizinho e filiado ao PT. No entanto, na sexta-feira, Sonzinho negou esta possibilidade e qualquer partidarização do quadro de comissionados.
No final do ano passado, um projeto de lei propunha a criação de uma série de cargos comissionados na Câmara Municipal, incluindo ouvidor geral (com salário acima de R$ 5 mil) com dois assessores, além de um assessor da vice-presidência. Ampliava ainda de um para dois o número de assessores parlamentares para cada vereador.
O projeto foi retirado de pauta e arquivado. Mas Guinho, então presidente, prometeu, no dia da votação dos subsídios dos vereadores, que o projeto retornará em 2013. Enquanto isso não acontece, o novo comando tem dificuldades para acomodar aliados. Além disso, no final do ano passado, alguns vereadores reeleitos, que conduziram Sonzinho à presidência, assumiram compromissos políticos após algumas votações e precisam acomodar indicados. Na sexta-feira estavam previstas várias exonerações.

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