Paulinho do Asfalto diz que não sofreu pressão para votar em Sonzinho

Alessandro Emergente

O vereador Paulo Agenor Madeira (Paulinho do Asfalto/PRTB) afirmou, em entrevista nesta sexta-feira (4), que não sofreu nenhum tipo de pressão política para votar em Hemerson Lourenço de Assis (Sonzinho/PT) para a presidência da Câmara Municipal.

A afirmação foi feita após a repercussão de uma reportagem publicada na noite de quinta em que o Alfenas Hoje disponibilizou informações sobre um BO (Boletim de Ocorrência), registrado por Paulinho. No documento, o parlamentar do PRTB afirmou que foi abordado por um homem que teria o ameaçado caso não votasse em Sonzinho.  

Nesta sexta, Sonzinho entrou em contato com a reportagem para falar sobre o episódio e pediu que fosse realizada uma entrevista com ele e Paulinho do Asfalto. Na Câmara, o vereador do PRTB afirmou não ter sofrido pressão política para votar no candidato do PT. “Não fui coagido. Votei com o meu coração”, declarou Paulinho que disse ter votado em Sonzinho.

Paulinho do Asfalto disse que desconhece qualquer relação entre o rapaz que o abordou na rua e Sonzinho. Afirmou que não vai representar o BO. Disse ainda que chegou a ver um indivíduo semelhante na cerimônia de posse se aproximar de outro grupo político. 

Foto: Henrique Higino

Sonzinho (ao fundo) observa Paulinho do Asfalto que disse não ter sofrido
pressão para votar no candidato a presidente da Câmara Municipal

Sonzinho negou qualquer envolvimento no episódio e disse desconhecer o rapaz que teria ameaçado Paulinho do Asfalto. “Fui eleito por mérito, pois eu não tinha nada a oferecer”, declarou.

Paulinho ainda questionou o desejo manifestado pelo PDT para que a eleição para Mesa Diretora fosse em cédula única e não cédula individual. “É a minha quarta posse e eu nunca tinha visto isso (eleição com cédula única)”, declarou.

No final da entrevista, Sonzinho pediu para agradecer publicamente aos seus eleitores e aos vereadores que o elegeram para a presidência da Câmara Municipal. “A mesma simplicidade continuará no Legislativo”, disse.