Postado em terça-feira, 13 de novembro de 2012 às 14:52

Alunos do EJA pedem apoio de vereadores


Alessandro Emergente

Estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos), da Escola Estadual Ismael Brasil Corrêa, foram à Câmara Municipal de Alfenas pedirem apoio político para evitar o fechamento da unidade que funciona na Escola Estadual Cel. José Bento.

O estudante Marcos Aurélio de Souza, que tem sido um dos líderes na luta pelo não fechamento da unidade, usou a tribuna da Câmara, durante a sessão legislativa de segunda-feira (12), e pediu aos vereadores que sensibilizem o Governo do Estado para que mantenha a unidade.

A intenção da Secretaria de Estado de Educação (SEE) seria o remanejamento dos alunos do EJA, do Ismael Brasil Corrêa, para o EJA da Escola Estadual Dr. Emílio da Silveira. Porém, em nota à imprensa, a assessoria de comunicação da SEE informou que ainda não há definição sobre a escola em que os alunos deverão dar continuidade aos seus estudos.

Na tribuna, Souza disse que não há motivo “plausível” para o fechamento. Segundo ele, nenhum dos motivos apresentados até agora justifica a medida. Afirmou que não há economia numa eventual mudança, uma vez que os professores são efetivos e o prédio utilizado pertence ao Estado. 

Fotos: Ascom/Câmara Municipal

Marcos Aurélio de Souza usou a tribuna da Câmara para pedir aos vereadores que
sensibilizem o Governo do Estado para que mantenha o EJA no Cel. José Bento

Os estudantes reclamam que a transferência dos alunos para o EJA da Escola Estadual Dr. Emílio da Silveira pode provocar uma desistência forçada de alguns deles. É que o EJA, em funcionamento no Cel. José Betno, fica próximo ao terminal de ônibus e, com a mudança, as pessoas teriam que percorrer mais de 1,5 km. No entanto, alguns são idosos e teriam dificuldades para executar diariamente este trajeto. “O prédio é nosso. O prédio é do povo (...) Não tem nada que justifica o fechamento”, declarou.

Souza informou que o a Superintendência de Ensino vai liberar a matrícula para o EJA no Cel José Bento, porém se não atingir 35 alunos será fechado. Disse que foi feito “uma campanha o ano inteiro” para o fechamento e agora estaria sendo feito uma pressão contra os alunos.

Vários vereadores se manifestaram em apoio aos estudantes do EJA. Sander Simaglio (PV) sugeriu o envio de um documento diretamente ao governador, Antônio Anastasia (PSDB), e à SES.

O vereador do PV sugeriu que, além do deputado estadual Pompilio Canavez (PT), os estudantes procurem também a intermediação do assessor especial do governador na região, Marcos José Duarte Dias (Marcão).

Gilberto Tadeu de Souza Santos foi o segundo na noite a usa a tribuna livre. Ele
se inscreveu para falar sobre o desenvolvimento da cidade

O presidente da Câmara, Vagner Tarcísio de Morais (Guinho/PT), sugeriu a formação de uma comissão de vereadores para ir até à SEE reivindicar a manutenção do EJA do Ismael Brasil Corrêa. Disse, porém, que o Governo do Estado “não está nem aí para a cidade nenhuma” e citou reformas de prédios de escolas estaduais que foram feitas pela prefeitura.

Quem também usou a tribuna foi Gilberto Tadeu de Souza Santos, que se inscreveu para falar sobre o desenvolvimento da cidade. Citou a demolição de vários prédios antigos e, na sequência de sua fala, Sander aproveitou a fala de Santos para chamar a atenção sobre a memória do município.

O parlamentar disse que é preciso atentar-se para a sensatez da fala do cidadão quanto aos poucos prédios que ainda restam. “Uma cidade que não se preocupa com o seu passado é uma cidade que não tem futuro. Alfenas está perdendo a sua identidade visual”, declarou.



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