Votação dos atuais vereadores cai apesar da metade se reeleger

Alessandro Emergente

Embora cinco dos dez atuais vereadores tenham conseguido se reelegerem na eleição deste ano, o resultado das urnas mostra que houve queda na votação dos atuais parlamentares em relação a 2008.

Mesmo entre aqueles que conseguiram aprovação do eleitorado para continuarem mais quatro anos houve queda na maioria dos casos. Foram mais de 2 mil votos a menos se considerado o suplente Marcos Inácio (PT), que chegou a exercer mandato na atual legislatura.

Da atual legislatura apenas o vereador Marcos Antônio de Souza (Marcos da Santa Casa/PPS) não entrou na disputa pela reeleição. Dos outros nove, cinco vão permanecer a partir de janeiro de 2013. São eles: o atual presidente Vagner Tarcísio Morais (Guinho/PT), Enéias Rezende (PRTB), Jairo Campos (Jairinho/PDT), Hesse Luiz Pereira (PSDB) e Evanílson Pereira de Andrade (Ratinho/PHS).

Jairinho e Enéias são exceções. Somente os dois conseguiram ver o seu eleitorado subir. A votação de Jairinho subiu de 773, em 2008, para 876 este ano. O crescimento de Enéias foi menor: passou de 751 votos para 764.

Entre os reeleitos houve uma queda de 842 votos, caindo de 5.176 para 4.334. A maior queda na votação foi a de Hesse. O tucano teve 523 votos a menos, saindo de 1.356 para 833. A votação de Ratinho, o segundo mais bem votado em 2008 (logo após Hesse), também teve queda, de 1.278 para 977. A votação de Guinho caiu de 1.018 para 876.

Repercussão

Na sessão legislativa passada alguns parlamentares chegaram a comentar o desempenho eleitoral dos atuais vereadores como positivo. A reeleição de cinco dos dez atuais seria um indicativo de que a atual legislatura está longe de um “desgaste político”, discurso sustentado por adversários durante o período eleitoral.

Nos últimos anos, com exceção de Hesse, os demais vereadores chegaram a ser condenados, em primeira instância, a devolverem dinheiro aos cofres públicos por uso de diárias regulamentadas por resolução. No entendimento da Justiça, a liberação das diárias foi irregular por não ter sido feita por lei específica até outubro do ano passado, quando uma lei foi aprovada. 

Além disso, Sander e Guinho também enfrentam duas ações movidas pelo Ministério Público (MP), uma cível e outra criminal, por conta do pagamento de uma “nota fria” (nota fiscal falsa) para despesas gráficas, que não teriam acontecido. Guinho, já na presidência da Câmara, autorizou o pagamento solicitado por Sander. Os dois já foram condenados em primeira instância. 

Menos 2 mil votos

Se incluído Marcos Inácio, os dez vereadores, que exerceram mandato na atual legislatura e concorreram à reeleição, registraram uma queda de 2.123 votos, caindo de 8.776, em 2008, para 6.653, em 2012.

Sem o petista, a queda é um pouco menor: 1.798 votos a menos. Sai de 8.131 para 6.333 votos. Marcos Inácio viu sua votação cair de 645 para 320, registrando uma queda de 325 votos. Ficou apenas na oitava colocação como suplente do PT, que elegeu quatro.

Entre os não reeleitos aparecem Antônio Anchieta de Brito (Cheta/PT) com uma queda de 302 votos, caindo de 869 para 567. Maria José Souto Camilo (Zezé/PT) saiu de 746 para 461, o que representa uma redução de 285 votos.

O ex-prefeito José Batista Neto (PMDB) também sofreu uma queda na votação, saindo de 711 para 523 – menos 188 votos. A votação de Sander também caiu, de 629 para 448. Uma queda de 181 votos.