Postado em quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PDT deixa a prefeitura, mas secretários permanecem no governo

O PDT não integra mais oficialmente a base do prefeito. Apesar disso, dois secretários, filiados ao PDT, continuam na equipe.


 Alessandro Emergente

O PDT não integra mais oficialmente a base de sustentação política da atual administração municipal de Alfenas. Apesar disso, dois filiados - que ocupam os principais cargos que o PDT tem no governo - resolveram não acompanharem o partido e permanecem na equipe de secretários do prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT).

Os secretários municipais Leonardo Vilela (Defesa Social) e Fábio Munhoz (Desenvolvimento Rural) não seguiram a orientação da executiva do PDT e continuam a frente das suas secretarias.

De acordo com o presidente do PDT/Alfenas, Luiz Marcos Leite Moraes, o partido fixou uma data para que os integrantes do partido sigam a decisão da legenda em não fazer parte da atual administração. O prazo é 30 de março, data para desincompatibilizem dos cargos de confiança para quem pretende concorrer nas eleições deste ano.

Fotos: Alessandro Emergente 

A executiva do PDT aguarda a decisão dos filiados até final de março

A tendência é que Vilela e Munhoz deixem o partido. Moraes evita falar em expulsão e diz que caso até esta data eles não deixarem o governo, os dois serão chamados pela executiva para que deixem o partido por iniciativa dos mesmos.

Decisão

Em janeiro, a executiva do PDT anunciou a pré-candidatura de Maurílio Peloso, informada em primeira mão pelo Alfenas Hoje em novembro, à prefeitura de Alfenas em uma dobradinho com Décio Paulino, presidente do PR.

Segundo Moraes, após uma reunião partidária no final de dezembro a executiva do PDT decidiu por unanimidade pela pré-candidatura e pela consequente saída do governo. “Toda a executiva entregou seus cargos”, declarou.

Deixaram o governo o próprio Moraes (que comandava a Ouvidoria Municipal), o tesoureiro do partido Vander Cherri (que atuava como coordenador do Procon), além do secretário geral Fernando José e do presidente da Juventude Socialista do PDT, Nei Lima, estes dois últimos atuavam na Secretaria de Juventude e Turismo. O atual vice-presidente do PDT, Francisco Cunha Neto (Prof. Chico), também estava no governo e seguiu a decisão da executiva.

 

Fotos: Alessandro Emergente/Arquivo 

Os secretários Leonardo Vilela (de camisa clara) e Fábio Munhoz permaneceram
no governo contrariando a decisão do PDT

Segundo o presidente do PDT, além dos dois secretários municipais apenas um outro integrante do partido não seguiu a decisão da executiva. É João Bosco Azevedo que permanece atuando na promoção de eventos da prefeitura.

Velho Aliado

Aliado durante os sete anos de gestão do PT – ou seja desde 2005 quando Pompilio Canavez assumiu o governo pela primeira vez – o PDT se coloca agora como uma oposição moderada. “Temos orgulho do trabalho que desenvolvemos na prefeitura. Não vamos fazer uma oposição injusta naquilo que participamos”, declara.

O partido vinha cogitando alguns nomes para emplacar como vice numa possível chapa encabeçada pelo atual prefeito que deve buscar a reeleição. Porém, Moraes disse que este tema não chegou a ser discutido oficialmente com o PT.

Nomes como o do vereador Jairo Campos (Jairinho) e o do vice-presidente da legenda, Francisco Cunha Neto (Prof. Chico), vinham sendo apresentados pelo partido como candidatos a vice numa chapa encabeçada pelo PT.

Objetivos Partidários

Moraes afirma que a saída do PDT do governo está ligada diretamente a possibilidade do crescimento do partido na cidade e afirma que não houve um rompimento brusco com o governo. “É uma oportunidade do PDT crescer politicamente em Alfenas”, enfatiza.

A direção diz que vê chances de uma articulação mais ampla na busca de transferências financeiras por parte da União e do Estado, uma vez que o PDT participa tanto do governo de Dilma Rousseff (PT) quanto de Antônio Anastasia (PSDB).

O PDT tenta agora atrair novos partidos em apoio a pré-candidatura de Peloso. Diz o presidente da legenda que buscará diálogos com partidos tanto de oposição quanto da base atual que sejam “simpáticos” a candidatura de Peloso.

 



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