Postado em quinta-feira, 14 de agosto de 2025 às 16:04

Jovem com a “pior dor do mundo” inicia nova fase de tratamento em Alfenas

Carolina Arruda é submetida à infusão de cetamina na Santa Casa para tratar a neuralgia do trigêmeo.


 Da Redação

A jovem Carolina Arruda, de 28 anos, iniciou nesta quinta-feira uma nova etapa de seu tratamento contra a neuralgia do trigêmeo, uma condição neurológica rara, conhecida popularmente como a “pior dor do mundo”. O procedimento, que será realizado no Hospital Santa Casa (HSC), de Alfenas, consiste em uma infusão de cetamina, um anestésico que tem sido usado para casos de dor crônica de difícil controle.

O tratamento, que começou com a internação da paciente na quarta-feira, é parte de um programa de especialização médica do Sistema Único de Saúde (SUS) e envolve diferentes especialidades. O caso de Carolina é particularmente raro por ser bilateral, refratário e atípico, o que torna o controle da dor ainda mais desafiador. A neuralgia do trigêmeo é caracterizada por crises súbitas e intensas de dor facial, muitas vezes comparadas a um choque elétrico.

Infusão de Cetamina

Após as cirurgias, Carolina será mantida em sedação profunda por um período de três a cinco dias para a administração do medicamento. Segundo o médico responsável pelo caso, Carlos Marcelo de Barros, em entrevista à EPTV, a cetamina é um anestésico antigo, mas que também tem se mostrado eficaz no tratamento de dores crônicas e até depressão grave. "O medicamento age bloqueando receptores no sistema nervoso que amplificam os sinais de dor e, em alguns casos, ajuda a restaurar conexões entre neurônios”, explicou o especialista. A infusão só pode ser feita em ambiente hospitalar, devido aos riscos de efeitos colaterais. 

Trajetória

A jovem convive com a condição há mais de uma década. Sua história ganhou repercussão em julho de 2024, quando ela fez uma vaquinha online buscando recursos para eutanásia na Suíça, onde a prática é legalizada. Desde então, ela iniciou um acompanhamento na Clínica da Dor da Santa Casa de Alfenas, onde se submeteu a tratamentos como o implante de uma bomba intratecal de medicamentos e neuroestimuladores, que, apesar de não eliminarem completamente a dor, ajudaram a diminuir a intensidade e frequência das crises.



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