Postado em segunda-feira, 23 de junho de 2025
às 18:06
Prefeito de Alfenas descarta municipalização de escolas da rede estadual
Após reunião com vereadores e professores, prefeito de Alfenas descartou a adesão ao programa estadual.
Alessandro Emergente
Em um vídeo, divulgado nesta segunda-feira, o prefeito de Alfenas, Fábio Marques Florêncio (PT), descartou a adesão ao programa Mão Dadas, do governo estadual, que prevê a municipalização de escolas da rede estadual. A decisão foi após uma reunião no gabinete da Prefeitura entre representantes do governo municipal, de professores e da Câmara Municipal.
O vídeo foi publicado nas redes sociais do presidente da Câmara Municipal, Matheus Paccini (PDT), que, na semana anterior, havia se manifestado contrário a municipalização das escolas. Vários vereadores participaram da reunião com o prefeito e com professores da rede estadual, que seriam afetados pela medida.
Na semana passada, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE/MG) emitiu um despacho recomendando a não formalização de novas adesões ao programa Mão Dadas até que o Estado responda questionamentos feitos pelo Tribunal. O TCE/MG questiona vários itens a partir de uma representação protocolada pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) apontando supostas irregularidades no programa.
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O Governo de Minas vinha tentando repassar para o Município a gestão de quatro escolas da rede estadual que atendem alunos do ensino fundamental I (1º ao 5º ano) e II (6º ao 9º ano). São as escolas estaduais Arlindo Silveira (anos iniciais), Dirce Moura Leite (anos iniciais e finais), Professor Vianna (anos iniciais e finais) e Coronel José Bento (anos iniciais).
Em contrapartida, o governo estadual prometia repassar cerca de R$ 30 milhões a municipalidade. O tema vinha sendo discutido internamente pela administração municipal, mas houve reação negativa dos professores e parte dos vereadores aderiram a um discurso contrário ao processo de municipalização.
Para adesão de Alfenas ao programa Mão Dadas é necessário o aval legislativo. A manifestação da presidência da Câmara Municipal de forma contrária ao processo de municipalização e de outros vereadores ajudou a pressionar o governo a não aderir ao programa do governador Romeu Zema (Novo).
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