Márcio Dunga, suplente de vereador preso, é empossado na Câmara Municipal

 Alessandro Emergente

A Câmara Municipal de Alfenas empossou, na noite de segunda-feira, o vereador Márcio Costa (Dunga/União Brasil), suplente do vereador afastado Pedro Alencar de Azevedo (Pedrinho do Minas Acontece/União Brasil). Dunga foi empossado de forma interina até a definição sobre o caso envolvendo o titular do União Brasil no Legislativo, que permanece preso na Penitenciária João Pimenta da Veiga, em Uberlândia.

Havia uma vacância na composição do plenário, o que prejudica o processo legislativo. Por exemplo, a aprovação de projetos que dependem de maioria qualificada estava prejudicada. Além disso, o próprio União Brasil, que garantiu uma cadeira nas urnas, estava sem representatividade.

Diante dessa situação, na semana passada os vereadores aprovaram uma resolução autorizando a presidência da Câmara Municipal a convocar o suplente até que o caso envolvendo o titular da vaga tenha um desfecho. Pedrinho do Minas Acontece está impedido de exercer o mandato porque permanece detido, acusado de violência doméstica associada a porte ilegal de arma de fogo, munições e drogas. 

Dunga, que foi vereador na legislatura passada, teve 642 votos nas eleições e é o primeiro suplente do União Brasil. A Câmara Municipal havia solicitado à Justiça Eleitoral a confirmação oficial sobre a suplência e o ofício com a resposta, indicando o nome do suplente, foi lido em plenário como um dos procedimentos para convocação. Antes de ser empossado, Dunga foi diplomado pela Justiça Eleitoral, tornando-o apto para assumir o cargo.

Após os procedimentos para a posse, Dunga usou a tribuna para se pronunciar, agradeceu a todos e chegou a se emocionar ao lembrar do pai, já falecido. Afirmou que, mesmo com o encerramento do seu mandato da legislatura passada, continuou atuando em prol de seus projetos, inclusive buscando emendas parlamentares. “A política é feita para libertar e não para escravizar”, disse.

Não será necessário alterar as comissões permanentes da Câmara Municipal, uma vez que Pedrinho do Minas Acontece não integrava nenhuma dessas comissões. O titular ainda enfrenta um processo de investigação por quebra de decoro parlamentar, o que pode culminar com a cassação de seu mandato caso haja o entendimento final de que houve quebra de decoro.