Postado em domingo, 2 de fevereiro de 2020
às 23:11
Justiça condena mandante de assassinato a 16 anos de prisão
Amilson Azola foi condenado pelo júri popular por ser o mandante de um homicídio em 2012.
Alessandro Emergente
A Justiça condenou Amilson Azola, 39 anos, a 16 anos de prisão por ser o mandante do assassinato do negociante de gado Carlos Sérgio Esteves, morto em 2012. O julgamento foi realizado, no Fórum Milton Campos, em Alfenas, na última sexta-feira (31), quando a maioria dos jurados reconheceu a autoria do réu acatando a acusação feita pelo Ministério Público.
Azola foi condenado por homicídio qualificado com base no artigo 121 (§ 2, inciso IV) do Código Penal – o júri considerou que a vítima não teve chance de defesa. A condenação também ocorreu com base no artigo 211 do Código Penal, que dispõe sobre ocultação de cadáver.
A vítima foi assassinada por Elizandro dos Reis Roque, conhecido como “Duduzinho”, e Gilberto Barbosa, conhecido como “Cabaça”, e depois enterrada em um canavial, próximo a Fazenda Capoeirinha. O corpo foi encontrado pela Polícia Civil em novembro de 2013. Os executores foram condenados a 13 anos de prisão em julgamento ocorrido em 2015.
Sentença
Na sentença, dada na última sexta-feira, o juiz José Henrique Mallmann cita que ficou reconhecida a culpabilidade elevada do réu, que agiu dotado de potencial consciência e autodeterminação. “Observa-se que a culpa há que ser maior daquele que idealizou, instrumentalizou e de modo covarde ‘não quis sujar as mãos de sangue’”, diz a decisão.
Azola foi considerado o autor intelectual do assassinato, sendo condenado a 14 anos e seis meses de prisão, e o responsável pela ocultação do cadáver, cuja a pena foi de um ano e seis meses. No total, a condenação chega a 16 anos de detenção. A acusação foi feita pelo Ministério Público, representada pelo promotor de Justiça Frederico Carvalho de Araújo.
Em dezembro de 2015, oito meses após a condenação dos executores do crime, Azola foi preso em Palmas, em Tocantins. Na época, ele também era procurado devido a uma investigação sobre tráfico de drogas. Na ocasião, haviam contra Azola mandados de prisão pela acusação do homicídio e por suspeita de roubo de gado em Minas Gerais, Tocantins e Goiás.
A motivação do homicídio, ocorrido em julho de 2012, seria uma dívida. O carro da vítima foi encontrado totalmente incendiado na zona rural de Poço Fundo e ninguém dentro do veículo. O corpo do negociante de gado só foi encontrado cerca de 16 meses depois.
COMENTÁRIOS