Postado em quinta-feira, 8 de junho de 2017 às 13:01

Vereador faz desafio para redução do próprio salário

O discurso partiu do vereador Reginaldo Flausino (GM Flausino/PHS) em resposta a um servidor público que tem feito críticas a ele nas redes sociais.


Alessandro Emergente

Um forte e polêmico discurso em plenário marcou a última sessão legislativa, realizada na segunda-feira. O discurso partiu do vereador Reginaldo Flausino (GM Flausino/PHS) em resposta a um servidor público que tem feito críticas a ele nas redes sociais. O parlamentar desafiou o crítico a abrir mão de parte de seus vencimentos para que ele faça o mesmo.

O vereador afirmou que assinará um documento, abrindo mão de parte de seu subsídio (termo usado para especificar o salário de agentes políticos), hoje em R$ 8 mil, caso o servidor faça o mesmo. Ele apontou que o valor recebido pelo servidor Adenílson Machado, alvo do desafio, chega a cerca de R$ 3,7 mil, valor acima dos educadores.

De acordo com Flausino, Machado é um educador musical, atuando no Centro Municipal de Música Profa Walda Tiso, e teve uma evolução salarial nos últimos anos, passando de R$ 2 mil, em 2013, para cerca de R$ 3,7 mil, em 2017, além da função gratificada. “Eu abaixo o meu e ele abaixa o dele. Quero ver se ele tem peito para isso”, desafiou.

Flausino fez o desafio em plenário durante a última sessão legislativa (Foto: Alessandro Emergente)


As críticas teriam partido de Machado porque Flausino aderiu, em 2015, a um abaixo-assinado para redução dos subsídios dos vereadores. O movimento popular pela redução dos subsídios defendia a equiparação da remuneração dos parlamentares com o piso salarial dos professores da rede pública municipal, de R$ 1.180,00 na época.


No ano seguinte, em 2016, os vereadores reduziram os subsídios de R$ 9,6 mil para R$ 8 mil, valor que passou a ser válido na legislatura atual. Na última segunda-feira, o vereador Antônio Carlos da Silva (Dr. Batata/PT), que também estava na legislatura anterior, negou que a redução tenha sido por conta de pressão do movimento.

Flausino disse que sua esposa é professora e que tem proximidade com os educadores por conta de um projeto de conscientização desenvolvido junto às escolas. Afirmou que se trata de uma classe que deveria ter melhores remunerações, mas infelizmente é desprestigiada em termos salariais.



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