Postado em quinta-feira, 20 de outubro de 2016 às 13:26

Política de preços da Petrobras agrada

Menor interferência do governo nos valores da gasolina pode beneficiar produção de etanol...


Do FAEMG

A redução dos preços da gasolina em 3,2%, anunciada pela Petrobras, e a nova política de preços de combustíveis que promete ser mais transparente agradou o setor sucroalcooleiro de Minas Gerais. A expectativa é que os preços da gasolina sejam balizados pelo mercado internacional e não sofra mais interferências do governo, o que já prejudicou muito o setor produtivo do etanol. A previsibilidade dos reajustes, seja para mais ou para menos, é considerada fundamental para o planejamento do setor sucroenergético.

De acordo com o presidente-executivo da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, Mário Campos, a maior transparência na formação de preços da gasolina é uma demanda antiga do setor e importante para evitar a manipulação dos valores como forma de controle da inflação. A manutenção dos valores da gasolina, adotada ao longo dos últimos anos, prejudicou o segmento do etanol, que estava com custos elevados e competitividade menor que a gasolina no mercado.

“O setor sucroalcooleiro sempre solicitou que a gente tivesse uma previsibilidade com relação aos preços da gasolina. Apesar de não ter sido anunciada nenhuma fórmula paramétrica, foi divulgado que a Petrobras não vai mais seguir as orientações governamentais e não entrará mais em debates de controle da inflação, como foi feito nos últimos anos”.

Campos explica que a proposta é que a Petrobras seja administrada como qualquer outra empresa no mercado competitivo. “Serão considerados o preço internacional, as margens que cubram os custos internos e a política fiscal de impostos, de forma a não prejudicar o marketing share. Acreditamos que a administração será mais transparente, o que vai evitar o que aconteceu no passado, quando os preços da gasolina ficaram estabilizados abaixo dos valores de mercado e o etanol perdeu a competitividade”, explicou Campos.

A atual queda de 3,2% nos valores da gasolina não deve prejudicar o mercado do etanol. “Não enxergamos a redução como impacto significativo no mercado hoje. Ainda não sabemos se essa queda vai chegar ao consumidor final. Temos dois elos da cadeia, os distribuidores e os postos, cada um com sua política, e depende deles repassar o menor valor”.

Safra - Em relação à safra 2016/17 de cana-de-açúcar, a moagem da cana em Minas caminha para o final. O período seco, registrado principalmente nos últimos meses da safra, fez com que o setor revisasse para baixo o volume de cana a ser esmagada. A expectativa é alcançar 63 milhões de toneladas, frente à estimativa inicial de processar 65 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, queda de 3%.

Mesmo com a redução no volume de cana a ser esmagada, a produção de etanol e de açúcar não será prejudicada, uma vez que os Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana-de-açúcar (ATR/TC) está 3,5% maior que o da safra passada, compensando o volume menor a ser esmagado.

FAEMG


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