Postado em terça-feira, 14 de outubro de 2008

Envolvidos são rejeitados pelas urnas, mas com boas votações

Dois personagens do maior escândalo político de Alfenas foram rejeitados pelas urnas, mas são bons de voto. Juntos conseguiram 833 votos.


Alessandro Emergente

Dois personagens do maior escândalo político de Alfenas foram rejeitados pelas urnas no dia 5 de outubro, mas são bons de voto. Waldir Lapa (PPS) e João Batista da Silva (PHS) não foram eleitos, mas a votação dos dois é de dar inveja a muitos de seus concorrentes. Juntos conseguiram convencer 833 eleitores que eram os nomes certos para voltar a ocupar uma das cadeiras da Câmara Municipal.

>> Veja imagens do "escandâlo da fita", registradas em 2004

Os dois vereadores já foram condenados pela Justiça, mas a decisão não transitou em julgado. Ainda está pendente um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) dos dois contra a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que confirmou o acórdão do TJ (Tribunal de Justiça). Os direitos políticos dos dois foram suspensos por oito anos.

O Ministério Público Eleitoral chegou a propor a impugnação das duas candidaturas com base na decisão do STJ e de vários recursos já negados pela Justiça. O pedido chegou a ser aceito em 1ª instância, mas foi negado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Em 2004, os dois então vereadores (João Batista então na presidência da Câmara) foram personagens de um escândalo político que teve repercussão nacional e culminou com a perda de mandato do ex-prefeito José Wurtembeg Manso (Beg) e de sete vereadores. Lapa e João eram dois dos sete parlamentares flagrados por uma gravação em imagens que mostrou Beg distribuindo pacotes de dinheiros aos vereadores na sala de seu gabinete.

Um oitavo vereador também chegou a renunciar por ter seu nome citado na gravação, mas foi absolvido pela Justiça. Paulo Agenor Madeira (Paulino do Asfalto) concorreu pelo PPS e teve 590 votos.

Após ser rejeitado em siglas como o PSB, João Batista concorreu pelo PHS e obteve 519 votos. Foi o 3º da coligação que conseguiu eleger um vereador: Evanilson Pereira de Andrade (Ratinho da Prefeitura/PHS). Lapa também não foi mal nas urnas. Os 314 votos não deram a ele uma vaga no Legislativo, mas garantiu o seu retorno ao time de candidatos com razoável votação. Desgastado em 2004, Lapa não conseguiu sequer que sua candidatura passasse pelo partido, o antigo PL.

Em 2004

Na eleição de 2004, João Batista conseguiu 512 votos. Outro ex-vereador envolvido no escândalo, Roberto Marcolino, obteve na época 359 votos. Este ano, seria candidato novamente, mas faleceu em abril, vítima de câncer.

Um outro candidato que não aparece envolvido na gravação, mas seu nome lembra o cenário da época é José Wurtembeg Manso Filho (Beguinho) que obteve 91 votos pelo PMDB. Filho do ex-prefeito Beg, ele ocupava função de secretário municipal no governo de seu pai. No horário eleitoral gratuito, chegou a aparecer ao lado do pai que pediu votos a Beguinho.



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