Postado em quinta-feira, 18 de setembro de 2025
às 23:11
Saiba quais são os deputados votados em Alfenas que foram favoráveis a PEC da Blindagem
Dos 18 deputados federais, com mais de 200 eleitores alfenenses, 11 disseram sim a blindagem dos deputados.
Alessandro Emergente
Onze deputados federais, com mais de 200 votos em Alfenas nas eleições de 2022, disseram sim, em plenário, a PEC da Blindagem, que barra processos judiciais por crimes cometidos por parlamentares. Para que sejam instaurados os processos, será necessário o aval dos próprios parlamentares.
A lista inclui os dois parlamentares mais votados em Alfenas: os deputados Nikolas Ferreira (PL) e Emidinho Madeira (PL). Os dois votaram favoráveis a PEC da Blindagem. No caso de Emidinho, ele votou apenas na primeira votação, sendo que na segunda votação esteve ausente. Nikolas votou favorável nos dois turnos.
Nikolas foi o mais votado, em 2022, entre os eleitores de Alfenas, conquistando 7.299 votos. Em seguida, Emidinho obteve 6.335 votos. O terceiro mais votado foi Reginaldo Lopes (PT), que votou contrário a PEC. Ele obteve 3.262 votos em 2022.
A lista
A lista de deputados, que tiveram mais de 200 votos em Alfenas, chega a 18 parlamentares. Desses, 11 foram favoráveis a PEC da Blindagem, a proposta de Emenda Constitucional nº 3/2021. Seis foram contrários e um deputado não votou porque está com mandato suspenso. É André Janones (Avante) que teve o seu mandato suspenso por três meses em julho
Dimas Fabiano (PP), com 1.794 eleitores em Alfenas, também disse sim a PEC nos dois turnos. O mesmo ocorreu com Eros Biondini (PL), Bruno Farias (Avante), Rafael Simões (União Brasil), Odair Cunha (PT), Maurício do Vôlei (PL) e Fred Costa (PRD) e Diego Andrade (PSD). O deputado Stefano Aguiar (PSD) engrossa a lista dos favoráveis a PEC, porém com voto “sim” registrado apenas na primeira votação. No 2º turno esteve ausente.

Contrários a PEC, aparecem – além de Reginaldo Lopes – os deputados Aécio Neves (PSDB), Rogério Correia (PT), Duda Salabert (PDT), Célia Xakriabá (PSOL) e Dandara (PT). No caso de Dandara, ela votou contra na primeira votação, mas esteve ausente na segunda.
PEC da Blindagem
A PEC da Blindagem é chamada pelos deputados como PEC das Prerrogativas. Na prática, um deputado só poderá ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por um crime se o plenário autorizar, com maioria absoluta. E mais: o plenário também decidiu que a votação, para autorizar ou não a investigação, será secreta.
A PEC foi aprovada pelos deputados, essa semana, por 353 votos a 134 no primeiro turno, e 344 a 133 no segundo. Eram necessários, pelo menos, 308 apoios. O texto agora vai para o Senado, onde sofre resistência. Para entrar em vigor depende do aval dos senadores.
A PEC determina que o Congresso precisa autorizar a abertura de processos criminais contra parlamentares. Presidentes de partidos político, mesmo sem mandato, também seriam beneficiados com a blindagem, garantindo a eles foro privilegiado – ou seja, só poderão responder a processos no STF – e se os parlamentares permitirem a investigação.
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