Postado em quinta-feira, 11 de abril de 2024
às 09:09
Deputado da região vota para revogar prisão de suspeito de assassinato
Rafael Simões é um dos seis deputados mineiros favoráveis a que Chiquinho Brazão fosse solto.
Da Redação
O deputado federal Rapael Simões (União Brasil) está entre os seis parlamentares mineiros que votaram, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, para que a prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) fosse revogada. Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.
Rapael Simões é ex-prefeito de Pouso Alegre e passou a ser presença frequente a Alfenas, sendo um dos avalistas da articulação do União Brasil na cidade. Na janela partidárias, dois vereadores se filiaram ao União Brasil. São eles: Márcio Costa Dunga, que deixou o PDT, e Jaime Daniel, que se desfiliou do PT, e é pré-candidato a prefeito.
Na quarta-feira, o jornal Estado de Minas, em sua versão online, trouxe uma reportagem com o nome dos parlamentares mineiros que deram o aval para que Brazão fosse solto. Além de Rafael Simões, Domingos Sávio (PL), Delegado Marcelo (União Brasil), Lafayette Andrada (Republicanos), Felipe Saliba (PRD) e Pedro Aihara (PRD) também votaram a favor do homem, que é apontado pela Polícia Federal como um dos mandantes do duplo homicídio.
Ao justificarem seus posicionamentos favoráveis a Brazão, os deputados seguiram a argumentação da defesa do deputado carioca, que alega vícios jurídicos na prisão preventiva do parlamentar. A alegação da defesa e dos deputados é que a prisão só poderia ocorrer em flagrante delito de crime inafiançável.
O pedido de prisão do investigado foi feito pela Polícia Federal e acatado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), tendo como justificativa o crime de obstrução de Justiça.
Os seis votos favoráveis a Brazão fez com que Minas Gerais fosse o Estado com mais parlamentares apoiando a revogação da prisão preventiva, à frente do Rio de Janeiro, Estado pelo qual Brazão foi eleito e tem base eleitoral. Foram cinco parlamentares cariocas favoráveis a soltura do deputado.