Postado em quarta-feira, 4 de maio de 2022 às 22:10

Fundo para subsidiar tarifa do transporte coletivo é alvo de estudo

O objetivo é manter o serviço a população e amenizar aumento da tarifa.


 Alessandro Emergente

A Câmara Municipal e a Prefeitura de Alfenas estudam a criação de um fundo para evitar uma explosão no preço da tarifa do transporte coletivo e retomar linhas de ônibus, que estão suspensas. A empresa concessionária alega que vem acumulando prejuízos devido a uma combinação de fatores, que envolve desde o aumento do diesel ao congelamento da tarifa nos últimos de três anos.

A expectativa é que um projeto de lei, criando um fundo financeiro para absorver o aumento nos custos do transporte coletivo para amenizar o impacto na tarifa, seja criado nos próximos dias. Equipes técnicas da Câmara Municipal e da Prefeitura discutem um formato que atenda o objetivo traçado pelo governo e pelos vereadores.

A Alfetur, empresa concessionária de transporte coletivo, vinha sendo alvo de críticas de vereadores em plenário. Houve redução de linhas no auge da pandemia, que não foram retomadas. Representantes da empresa foram chamados pelo Legislativo e alegam que a prestação do serviço tornou-se deficitária.

Prejuízos ultrapassam R$ 300 mil mensais

A reportagem do Alfenas Hoje ouviu fontes envolvidas nas negociações para busca de uma saída para o problema. Segundo uma fonte, o prejuízo tem ultrapassado R$ 300 mil por mês, o que torna a prestação de serviço inviável para a empresa, que tem contrato de concessão até agosto de 2023.

Uma série de fatores colaboram para o prejuízo. Um deles é que a tarifa - que custa R$ 3,15 – não é reajustada há três anos. Outra alegação é que, em anos anteriores, o reajuste com base na inflação não foi repassado ano a ano, o que provocou perdas acumuladas.

 

Concessionária do transporte coletivo alega acúmulo de prejuízos devido ao não reajuste da tarifa nos últimos anos (Foto: Alessandro Emergente/Arquivo)



O aumento do diesel, o surgimento de carros de aplicativo para transporte de passageiros, aumentando a concorrência, e o período de pandemia provocaram um forte impacto na operação do serviço. Diante desse cenário, a concessionária não retornou com diversas linhas, devido aos constantes prejuízos.

Em busca de solução

Representantes do governo e da Câmara Municipal buscam uma solução para reativar as linhas urbanas, que foram suspensas, e ampliar o acesso do ônibus em 12 novos bairros da cidade.

Para minimizar o impacto no preço final da tarifa, paga pelos passageiros, o fundo financeiro serviria para subsidiar o custo da operação, que pode variar a cada mês. Para isso, uma comissão (com representantes da Prefeitura e da Câmara Municipal) deve fazer o acompanhamento mensal para liberação do subsídio.

O fundo do transporte coletivo deve ser custeado em 50% pelo orçamento do Executivo e 50% do orçamento do Legislativo. Esse fundo pode ser responsável pelo custeio de até 80% da operação, mas esses números ainda não estão fechados.

Outro item do acordo negociado é uma parceria entre a Prefeitura e a concessionária para a reforma dos banheiros do Terminal Rodoviário. A municipalidade forneceria o material, enquanto a iniciativa privada assumiria a mão de obra, além de fornecer um funcionário para cuidar do local.

Uma entrevista coletiva estava agendada para tarde desta quarta-feira para esclarecer o assunto, porém foi cancelada.

 



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