Postado em terça-feira, 16 de junho de 2020 às 16:04
Atualizada em segunda-feira, 22 de junho de 2020 às 19:52

Vereadora do PDT diz que ex-vereadora do PT ‘não aguentou o tranco’

Kátia Goyatá adotou tom provocativo ao referir-se a presidente do PT, que deixou o mandato de vereadora.


Alessandro Emergente

A vereadora Kátia Goyatá (PDT) disse, durante a sessão legislativa de segunda-feira, que a ex-vereadora Tani Rose, presidente municipal do PT, “não aguentou o tranco”. A crítica, em tom provocativo, foi uma resposta a representação, assinada pela petista, que originou, na semana passada, a instauração de uma Comissão de Ética para apurar suposta quebra de decoro da pedetista.

Em abril, o então suplente de vereador Vagner Morais (Guinho/PT) assumiu em definitivo o mandato após a titular da vaga Tani Rose abdicar oficialmente do cargo. O primeiro suplente era Carlos Miguel dos Anjos (Republicanos) que seguiu o mesmo caminho. Na prática, os dois abriram mão do mandato o que favoreceu Guinho.

Até então, Tani Rose estava licenciada do cargo desde que assumiu o comando da Secretaria de Educação e Cultura em junho de 2017, após ficar apenas seis meses como parlamentar. 

"Dar a cara a tapa"

Kátia disse que recebeu manifestação espontânea de solidariedade de pré-candidatas do Avante, PSDB, Solidariedade e PDT. Afirmou que preferiu não gravar vídeo para dar explicações sobre a acusação e deixou para que as pessoas, que acompanham as reuniões do Legislativo, tirem suas conclusões, mas lembrou da proximidade do período eleitoral. “Ela (representação) tem um cunho político sim”, declarou.

A pedetista referiu-se a presidente do PT como “militante do partido” e declarou que é muito melhor “dar a cara a tapa”, permanecendo no cargo para qual foi eleita, do que abandonar a função. “Prefiro estar aqui do que fazer igual a militante do partido fez (...) Deu linha, correu”, ironizou.

Em defesa

Momentos depois, Guinho defendeu a colega de partido ao afirmar que a prática de deixar a cadeira e assumir a função de secretária é comum na política. Lembrou a situação recente do deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), que deixou o mandato, para ser ministro das Comunicações. O petista, no entanto, não mencionou a renúncia do cargo pela vereadora do PT, deixando a função em definitivo em abril deste ano.

Em tempo

Após a publicação desta reportagem, Tani Rose entrou em contato com a redação do Alfenas Hoje e publicou uma nota na qual rebate as críticas feitas pela pedetista. Clique aqui e leia.



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