Postado em sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Prejuízo para economia regional com “seca” do Lago de Furnas pode chegar a R$ 80 milhões

Esse é o cálculo revelado pelo secretário executivo da Alago e presidente CBH Furnas, Fausto Costa.


 Da Redação

A escassez de água no reservatório de Furnas, que banha 34 municípios, no decorrer do ano acarretou em um prejuízo em torno de R$ 80 milhões para a economia regional. Esse é o cálculo revelado pelo secretário executivo da Alago (Associação dos Municípios do Entorno do Lago de Furnas) e presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Entorno do Reservatório de Furnas (CBH Furnas), Fausto Costa, em entrevista ao G1 no decorrer dessa semana.

O cálculo equivale ao prejuízo acumulado em 2014 aos diversos setores da economia, que são influenciados direta ou indiretamente pelo reservatório. Em julho, em reportagem do jornal O Tempo, a Alago já estimava, só no ramo da piscicultura, um prejuízo na casa dos R$ 18 milhões. Para os restaurantes e a rede hoteleira, os cálculos também foram adiantados em algo em torno de R$ 20 milhões no vermelho.

A previsão negativa se confirmou. Ao G1, Costa informou que na piscicultura houve uma queda de aproximadamente 50%, 60% na produção de pescado, representando um prejuízo de mais de R$ 20 milhões para o segmento.

“Quando nós falamos em segmentos da economia que dependem do Lago de Furnas, nós estamos abrangendo aí um leque muito grande, que chega a ultrapassar 30, 40 segmentos. Nós temos todo esse sistema que é vinculado à questão da água, e depende da água para sua manutenção”, explicou.

Compensação financeira

Além da iniciativa privada, os municípios também amargaram com a queda da compensação financeira do governo federal, que é calculada de acordo com a geração de energia. Esses repasses são realizados aos municípios que tiveram terras alagadas pelo reservatório na década de 1960.

Segundo Costa, a compensação financeira pela geração de recursos hídricos, calculada em função da geração de energia no Sistema Rio Grande, sofreu 70% de queda entre maio e outubro. Já os royalties, segundo ele, por ser de origem da Itaipu Binacional, sofreram uma oscilação menor, algo em torno de 10% a menos.

A escassez de água se arrasta desde 2012 e se agravou este ano (Foto: Daniel Beraldo/Arquivo) 



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