Orquestra filarmônica de MG se apresenta na sexta em Alfenas

Da Redação

Alfenas é uma das quatro cidades que integram a edição 2010 da Turnê Sul de Minas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. O concerto será nesta sexta-feira, às 20h30, na Praça da Saudade, em frente ao Campo da Saliba. A entrada é gratuita.

O projeto é uma realização do Instituto Cultural Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, através das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura,com o apoio da Prefeitura de Alfenas, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Sob a regência do maestro Fábio Mechetti, serão apresentadas obras de Braga, Dvorák, Fernandez, Mozart, Tchaikovsky, Piazzola e Carlos Gomes. Considerada uma das melhores orquestras brasileiras, se apresentará em Alfenas com 90 músicos e grande estrutura de palco.

Além de Alfenas, outras três cidades do Sul de Minas também recebem a orquestra. São Pouso Alegre, Poços de Caldas e Guaxupé.

A filarmônica é composta de instrumentistas mineiros e de vários lugares do Brasil e do mundo. O talento e a dedicação dos artistas se harmonizam com um repertório ousado, abrangente e diversificado, oferecendo aos ouvintes uma experiência musical única.

O destaque das apresentações é a flautista Cássia Renata Lima, natural de Extrema, chefe de naipe de flautas da Orquestra Filarmônica. O maestro Fábio Mechetti é regente titular e diretor artístico da Filarmônica de Minas. Também é regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, na Florida, Estados Unidos, desde 1999.

Mechetti fez diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão, dirigiu por várias vezes as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Recentemente, fez a sua estreia com a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, na Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, no Canadá.

Segundo Mechetti, à ABN (Agência Brasileira de Notícias), as turnês pelo interior de Minas Gerais e as apresentações ao ar livre ajudam a disseminar e popularizar a música clássica, tornando-a acessível a todos os públicos. Neste ano, a Filarmônica de Minas já esteve nas cidades de Pará de Minas, Araxá, Sacramento, Tupaciguara, Araguari e Uberlândia.

Programa

O concerto começa com o Hino Nacional, de Francisco Manuel da Silva. Em seguida, a música Batuque, obra mais conhecida do brasileiro Oscar Lorenzo Fernandez. A peça é parte da suíte sinfônica Reisado do Pastoreio. A orquestra também irá executar o primeiro movimento do Concerto para Flauta em Ré, de Mozart, que terá solo da flautista Cássia Renata Lima.

Há ainda Romeu e Julieta, de Tchaikovsky, obra inspirada na história de William Shakespeare passada em Verona, na Itália. O encerramento terá duas composições do argentino Astor Piazzolla: Oblivion e Primavera Porteña, dois tangos orquestrados pelo maestro Fabio Mechetti.

A música de Piazzolla é considerada uma das maiores expressões artísticas da Argentina. Incorpora jazz e música clássica ao tango. Com isso, conseguiu um resultado surpreendente e inovador, sofisticando esse ritmo portenho e revolucionando seus conceitos.

Nos últimos anos, Piazzolla preferiu apresentar-se em concertos como solista acompanhado por uma orquestra sinfônica com uma ou outra apresentação com seu quinteto. Foi assim que percorreu o mundo e ampliou seu público.

Para encerrar, Il Guarany: Abertura, de Carlos Gomes. Em 1870, Gomes iniciou a brilhante carreira de compositor, estreando a ópera O Guarani no Teatro La Scala, em Milão, Itália. Pela primeira vez, conseguiu que a arte brasileira fosse reconhecida na Europa, destacando-se pela beleza da música e pela qualidade da composição. Gomes viajou o mundo com a ópera, realizando temporadas de sucesso.