Livro retrata continente africano e região que abrange o Mediterrâneo

 Da Redação

A restrita lista de livros que retratam o continente africano, sua relação com o mundo antigo e moderno, encontrada como referências bibliográficas sobre o tema, foi o ponto de partida para que pesquisadores brasileiros e estrangeiros se reunissem na organização do livro “A África e o Mediterrâneo Antigo. Aproximações Contemporâneas”.

Entre os organizadores está o professor Cláudio Umpierre Carlan, pesquisador de História Antiga e Medieval, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Unifal (Universidade Federal de Alfenas).

Lançado em 2020, pela editora Novas Edições Acadêmicas, o livro foi organizado em parceria com os pesquisadores, também da área de História, Raquel dos Santos Funari, da Unicamp; e Filipe Noé Silva, da Faculdades Integradas Maria Imaculada (Mogi Guaçu-SP).

Segundo Carlan, a obra conta com a colaboração de pesquisadores brasileiros e estrangeiros que narram nos capítulos a importância da África para formação social, econômica, influenciando diretamente na nossa sociedade. “É algo que muitas vezes, o próprio sistema de educação esquece de mencionar, tentando esquecer todo nosso passado africano”, explica.

Além dos organizadores, contribuem nos capítulos os pesquisadores: Elaine Ribeiro (Unifal); José Remesal Rodríguez (Barcelona), José Candeias Salles (Lisboa), Maria Regina Cândido (UERJ) e Sergio Feldman (UFES).

Na sinopse do livro encontrada no catálogo disponível no portal da editora, os organizadores detalham: “Três aspectos são recorrentes nos diversos capítulos, a começar pela recorrência da Arqueologia. Em seguida, sobressai a busca pelo público em geral, em particular pela reflexão sobre o Ensino de História. Por fim, discutem-se modelos de sociedade”.

Conforme relata o organizador, o volume, desenvolvido em 160 páginas, caracteriza-se como “testemunho do empenho de tantos por um estudo da História mais inclusivo”.

“De fora dos centros hegemônicos, nós buscamos mostrar como as condições periféricas ou semiperiféricas contribuem tanto para um olhar crítico, como em diálogo com os hegemônicos, que, não raras vezes, permitem-se ignorar toda a discussão em língua não hegemônica”, diz Carlan, acrescentando que isso oportuniza repensar temas óbvios, porém, não tão evidentes do comportamento humano, como a exclusão, a denegação, o desconhecimento e o desrespeito.

O livro “A África e o Mediterrâneo Antigo. Aproximações Contemporâneas” pode ser adquirido pela página da editora, neste link, ou nos sites das principais livrarias do país.