Postado em segunda-feira, 19 de novembro de 2018
às 09:27
Sul de Minas deve perder 70 médicos cubanos com fim de parceria do Mais Médicos
Números do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde mostram impacto de saída na região....
O Sul de Minas deve perder 70 médicos cubanos até o fim do ano nas unidades de saúde da região. A informação é Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O impacto deve acontecer após o governo de Cuba anunciar a decisão de deixar o Programa Mais Médicos.
Com a movimentação do governo cubano para retirada dos profissionais de saúde a partir de 25 de novembro, as cidades do Sul de Minas começam a perder profissionais. Os 70 médicos fazem parte do grupo de 187 profissionais cadastrados no Mais Médicos em 82 cidades da região. Com isso, o programa perde no Sul de Minas 37,4% dos seus médicos.
“Nós temos que fazer a substituição o mais rápido possível. Pro Sul de Minas, são 70 médicos da cooperação com Cuba que deixam nossa região”, explicou o presidente do Conasems, Mauro Junqueira, em entrevista à EPTV, afiliada da Rede Globo.
Mauro reforçou a preocupação do conselho com a falta de profissionais na região e em todo o país. “São quase 8,4 mil médicos que deixam o programa [no país] e nós temos que fazer a substituição o mais rápido possível”.
Na segunda-feira (19), o Ministério da Saúde discute com o Conasems os detalhes do edital para substituição dos profissionais que devem deixar o país. Minas Gerais perderá 596 médicos com o fim da parceria com cuba no programa social. Segundo dados do Ministério da Saúde, eles são responsáveis pelo atendimento em 283 dos 853 municípios de Minas Gerais.
Mais cedo, o G1 divulgou que cerca de 600 municípios brasileiros podem ficar sem nenhum médico da rede pública a partir do dia 25 de dezembro. O governo de Cuba anunciou a decisão de sair do programa social Mais Médicos na última quarta-feira (14), citando "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) à presença dos médicos cubanos no Brasil.
Com as mudanças, a previsão da Confederação dos Municípios é que 28 milhões de pessoas sejam afetadas.
Fonte:G1