Postado em quarta-feira, 6 de dezembro de 2017 às 10:10

Acusados de matar universitária em MG são condenados a 17 anos e 3 meses de prisão

Larissa tinha 21 anos e foi morta em outubro de 2015 com requintes de crueldade em Extrema; réus foram considerados culpados por homicídio triplamente qualificado...


 Depois de matar universitária em MG são condenados a 17 anos e 3 meses de prisão
Larissa tinha 21 anos e foi morta em outubro de 2015 com requintes de crueldade em Extrema; réus foram considerados culpados por homicídio triplamente qualificado.Dois dos três acusados de matar a universitária Larissa Gonçalves de Souza, em Extrema (MG), foram condenados na noite desta terça-feira (5). O ex-comerciante José Roberto Freire e o garoto de programa Valdeir Bispo dos Santos foram considerados culpados por um júri popular realizado no fórum de Cambuí (MG) e sentenciados a 17 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.

Uma terceira acusada, a enfermeira Rosiane Rosa da Silva, não foi julgada neste júri porque o advogado de defesa alegou problema de saúde e apresentou um atestado médico. Com isso, o processo foi desmembrado e uma nova data para o julgamento será definida.

Freire e Santos foram condenados por homicídio triplamente qualificado (por terem impossibilitado a defesa da vítima, pela crueldade do crime e por motivo torpe) e também por ocultação de cadáver. A sentença foi expedida pela juíza Patrícia Vialli Nicolini, da 1ª Vara da Comarca de Cambuí, após dois dias de julgamento.

O crime

Larissa, na época com 21 anos, foi encontrada morta na Serra do Lopo, um ponto turístico de Extrema, após ficar 11 dias desaparecida. Três pessoas foram presas pelo crime, o ex-comerciante José Roberto Freire, acusado de ser o mentor do crime; o garato de programa Valdeir Bispo dos Santos e a enfermeira Rosiane Rosa da Silva, que sequestraram a jovem na rodoviária, de onde ela iria para a a faculdade e depois levaram para a casa do comerciante, onde ela acabou morta após ser torturada. O casal recebeu R$ 1 mil pelo crime.

A polícia chegou até Freire após uma denúncia logo após o corpo da jovem ser encontrado. Após ele ser preso, a loja de roupas que pertencia ao comerciante foi incendiada por moradores revoltados. Uma semana depois, o casal que levou a universitária da rodoviária foi localizado e preso.

Durante o julgamento, a promotora Rogéria Cristina Leme apresentou a arma de choque usada para render a estudante, o fio elétrico usado para amarrar os pés e as mãos dela e um peso de academia, de cinco quilos, usado para agredir a jovem no rosto e na cabeça. Além disso, a legista Tatiana Telles Koeler de Matos, que acompanhou o caso, confirmou que Larissa foi agredida com golpes em diversas partes do corpo e na região genital. Abalados, os pais da jovem deixaram a sala enquanto as fotos eram apresentadas.

O crime teria sido motivado pelos ciúmes que Freire sentia do namorado da jovem, o modelo Lucas Gamero. No julgamento, o ex-comerciante voltou a afirmar que mantinha um relacionamento amoroso com o rapaz, que sempre negou.

Gamero chegou a ser preso, mas foi liberado após pouco mais de uma semana e não é sequer citado no processo, já que as investigações não encontraram evidências de que ele tivesse participado do crime. Por causa disso, a juíza Patrícia Nicolini não permitiu perguntas sobre ele. Além disso, a promotoria apresentou áudios e transcrições que indicam que Freire dopava o namorado da vítima.Com a condenação, Freire e Santos vão ser reconduzidos ao presídio de Pouso Alegre (MG), onde já cumpriam.



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