Postado em segunda-feira, 5 de junho de 2017

Os melhores amigos em qualquer idade

Somente o fato de sair para passear com o totó já obriga o indivíduo a se exercitar mais.


Normalmente, quando se pensa num bicho de estimação, a primeira imagem que vem à cabeça é a de uma criança abraçada a seu cachorro. No entanto, ter um pet na terceira idade pode trazer inúmeros benefícios à saúde física e mental da pessoa. De acordo com a Associação Americana do Coração (American Heart Association), ter um animal, especialmente um cão, pode prevenir doenças cardiovasculares. Somente o fato de sair para passear com o totó já obriga o indivíduo a se exercitar mais; e, além de funcionarem para “quebrar o gelo” e aumentar o convívio social, os bichos são um poderoso antídoto contra a solidão e a depressão.



Iza de Menezes Tavares, de 89 anos, e Aurora, uma ágil gata vira-lata de presumidamente sete anos, são um bom exemplo dessa sintonia. “Onde eu vou, ela vai atrás”, diz Iza, cuja filha, Flavia, resgatou Aurora da rua no dia do aniversário da mãe, em janeiro de 2011. Ela resume o relacionamento da mãe com a gatinha: “Aurora é uma companheira que faz os dias ficarem mais animados e a mamãe se sentir útil e importante, pois precisa cuidar dela”. Há evidências científicas de como eles melhoram o bem-estar emocional dos idosos: interagir com um pet melhora os níveis de serotonina, neurotransmissor que regula o humor (para o bem). A chamada “terapia assistida por animais”, que leva bichos a hospitais e asilos, já mostrou isso. Em casa, a convivência alimenta o sentimento de que a pessoa é querida e necessária. No entanto, é importante se fazer algumas perguntas antes de decidir se tornar dono de um:


1) Você está disposto a se adaptar às inevitáveis mudanças que vão ocorrer em sua rotina? Quem viaja muito terá que levar isso em conta.

2) Você se sente bem disposto para ser responsável por um animal, ainda que de pequeno porte? Gatos, por exemplo, são mais independentes, mas também necessitam de cuidados.

3) Você tem como sustentar um pet? Além de ração, é preciso considerar os custos com vacinação e idas ao veterinário.

4) Se não puder mais cuidar dele, terá amigos ou parentes dispostos a acolhê-lo?



É claro que é preciso bom senso na hora de escolher uma companhia canina ou felina para um idoso. Um filhote cheio de energia certamente não é o mais indicado: nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 86 mil quedas por ano sejam causadas por cães (88% dos casos) e gatos (12%). Em compensação, animais mais velhos que precisam de adoção podem se tornar uma excelente opção. Nos EUA, há diversos serviços, como o “Senior pets for senior people” (“Bichos idosos para pessoas idosas”), que poderiam ser replicados no Brasil. A propósito, cães velhinhos também sofrem de distúrbio cognitivo e seus donos têm que ficar atentos aos primeiros sinais de senilidade...

 

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