Postado em sexta-feira, 31 de março de 2017 às 13:39

Exposição à dengue e à febre do Nilo aumenta efeitos do vírus da zika, diz estudo com camundongos

Especialistas inseriram anticorpos de humanos já infectados pelas doenças nos animais e, depois, usaram o vírus da zika para os testes.


A infecção anterior pelos flavivírus da dengue e da febre do Nilo Ocidental aumenta os efeitos do vírus da zika, diz estudo publicado na revista "Science" nesta quinta-feira (30).

A pesquisa usou amostras humanas testadas em camundongos. Às vezes, a exposição ao mesmo vírus ou relacionado - mesma família, estrutura parecida ou outras similaridades - pela segunda vez resulta em uma versão mais extrema das doenças. Caso mais conhecido é o da dengue hemorrágica, responsável pela maioria das mortes pela infecção.

Os pesquisadores inseriram anticorpos humanos de 141 pessoas que já haviam sido infectadas pela dengue e de 146 que já tinham sido atingidas pela febre no Nilo Ocidental no organismo dos camundongos. Os roedores foram criados para serem suscetíveis aos falvivírus e, depois, serem expostos ao zika.

O resultado da pesquisa apontou que os camundongos que não receberam os anticorpos sobreviveram, em grande parte, à infecção pelo zika. Por outro lado, e de forma surpreendente, de acordo com a pesquisa, apenas 21% dos animais que receberam os anticorpos contra a dengue sobreviveram. O número foi reduzido também no caso daqueles que receberam os anticorpos da febre do Nilo.

De acordo com a pesquisa, os resultados trazem mais desafios na hora de criar uma vacina contra o vírus da zika. O uso de uma vacina com o vírus atenuado ou inativo pode ser um risco, já que a infecção seguinte poderia causar um caso mais grave da doença.

Bem Estar


Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo