Postado em terça-feira, 7 de março de 2017 às 14:02
Atualizada em quarta-feira, 8 de março de 2017 às 01:02

Socióloga defende o parto humanizado na tribuna da Câmara

A socióloga Daniela Rosa, idealizadora do Materna Alfenas, usou a tribuna da Câmara Municipal, para defender o “parto humanizado”.


Alessandro Emergente

A socióloga Daniela Rosa, idealizadora do Materna Alfenas, usou a tribuna da Câmara Municipal, na noite de segunda-feira, para defender o “parto humanizado”. Durante a sua exposição, ela explicou a iniciativa e as razões para defesa da humanização no nascimento.

Ligada aos movimentos sociais, Daniela é militante no Movimento Negro e coordena o projeto “Materna Alfenas”, uma iniciativa que visa orientar as mulheres sobre a humanização no parto. No facebook, o “Materna Alfenas” tem uma página de orientação e discussão sobre o tema. Clique aqui e confira. Também são realizados encontros para debater o assunto. 

Daniela disse que é preciso garantir a todas as mulheres o direito à informação para que essas possam ter opções de escolha. Citou sua própria experiência ao informar que teve seu segundo filho, com 42 semanas de gestação, em um parto domiciliar.

Em muitos casos as mulheres são induzidas a cirurgia cesariana sem que tenha liberdade de escolha. “Ninguém faz escolhas sem informação”, declarou.

Daniela Rosa defendeu a humanização do parto ao usar a tribuna da Câmara (Foto: Alessandro Emergente/Alfenas Hoje)


Antes do início da sessão legislativa, quando o público ainda não tinha chegado ao local, Daniela Rosa chegou a colar papéis com frases nas cadeiras. Ao final de sua fala, ela pediu que cada um dos presentes pegasse esses papéis e lessem as mensagens. Eram falas de mulheres que relatam casos de mau atendimento médico e falta de orientação médica dada às gestantes. Esses depoimentos foram colhidos em hospitais do país, incluindo os de Alfenas.

Daniela explicou que a luta pelos direitos das mulheres vai “muito além” do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e que não pode ser esquecido no dia seguinte. “Se não quiserem fazer nada no dia 8 (de março), não faça. O dia 9 (de março) é muito mais importante”, afirmou sob aplausos da plateia formada por pessoas ligadas a movimentos sociais e várias mulheres.

Daniela Rosa é colunista do Alfenas Hoje, onde já publicou artigos como “Sobre maternar em grupo: acolhimento, escuta e informação” e “Precisamos falar sobre violência obstétrica”. A reportagem havia informado que Daniela é professora na (Universidade Federal de Alfenas), porém houve um equívoco: essa informação não estava correta. Daniela não integra o corpo docente da Unifal.

No final da sessão legislativa, Kátia Goyatá usou a tribuna (Foto: Alessandro Emergente/Alfenas Hoje)

A vereadora Tani Rose (PT) sugeriu a Câmara Municipal que realize uma audiência pública para debater o parto humanizado. Ela também apresentou um projeto de lei que dispõe sobre a criação de políticas públicas de equidade de gênero em Alfenas.

Já a vereadora Kátia Goyatá apresentou uma moção de apoio da Câmara Municipal para difusão e promoção do Dia Internacional da Mulher. No final da reunião, ela – que usava uma camiseta contra o machismo – leu um discurso de combate a violência contra as mulheres. “Queremos todos os direitos garantidos. Nem um a menos”, finalizou.


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