Postado em terça-feira, 22 de março de 2016 às 09:07

Chuvas melhoram nível de Furnas, mas especialistas alertam para risco

Após 3 anos de estiagem, reservatório atingiu nível satisfatório de 762 m. Apesar disso, sem chuvas, país ainda corre riscos na geração de energia.


Do G1 Sul de Minas

Após cerca de três anos de estiagem prolongada, este início de 2016 trouxe as margens do Lago de Furnas de volta ao Sul de Minas. Pela primeira vez em mais de dois anos, o reservatório atingiu sua cota mínima satisfatória de 762 metros acima do nível do mar, aquela que agrada tanto empresários e moradores que dependem do lago quanto o país que depende de luz.

Nesta terça-feira (22) comemora-se o Dia Mundial da Água e também o alívio por um verão chuvoso após anos preocupantes no Brasil. Mas segundo alguns especialistas ouvidos pelo G1, ainda não é tempo de suspirar aliviado.

De um lado, a meteorologia dá a boa notícia de que choveu acima da média em algumas regiões de Minas Gerais, a "caixa d"água do Brasil", mas ainda é preciso cuidado e mais chuva para estar tudo bem. De outro, especialistas em energia afirmam que o sistema elétrico brasileiro ainda é muito dependente da água pra ser considerado seguro, e se "São Pedro" não colaborar e mudanças forem feitas, haverá sempre possibilidade de problemas no futuro.

Mínimo de satisfação

Para entender esse mínimo satisfatório é necessário “rebobinar a fita” até a construção do Reservatório de Furnas, no final dos anos 50.

A criação do hoje denominado Lago de Furnas alagou 1.440 km² de terras na região, muitas delas férteis, o que mudou a vida de milhares de moradores que viviam do que a região produzia. A construção do lago ainda alterou completamente a paisagem da região, que de alguns dias para a noite, passou a ter um “mar” em Minas.

Para compensar todo o impacto que a região sofreu, e que não poderia ser contornado apenas com as indenizações de desapropriações de terras, foram desenvolvidas atividades a partir do Lago de Furnas. Centenas de pousadas turísticas surgiram no entorno do reservatório e empreendimentos de esportes náuticos, além do incentivo à prática de pesca e da piscicultura.

G1 Sul de Minas



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