Postado em quarta-feira, 9 de março de 2016
às 08:49
Ufla cria projeto que pode recuperar área degradada por lama no Rio Doce
Pesquisadores estudam maneira de recuperar ecossistema no local afetado. Ideia é identificar os tipos de mudas e sementes são adequadas à área.
O rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) causou danos ambientais incalculáveis e até que a área atingida seja recuperada, serão muitos anos. No entanto, um projeto de recuperação de áreas degradas da Universidade Federal de Lavras (Ufla) pode ser a saída para salvar a vegetação às margens do Rio Doce.
Após o rompimento da barragem, 35 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minérios foram despejados na natureza. A lama destruiu mais de 1 mil hectares de vegetação e poluiu o Rio Doce. Agora, a esperança pode vir dos laboratórios, já que a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fepamig) vai financiar projetos de recuperação das áreas afetadas.
Os pesquisadores da Ufla já atuam em projetos que visam salvar áreas degradas há 25 anos. Parte da pesquisa está reunida em um livro e agora, os pesquisadores querem abraçar o desafio ainda maior: recuperar a área devastada pelos rejeitos.
“Nossa experiência nos permite estar em um passo avançado. Não vamos sair do nada, sem nenhum conhecimento. O processo todo se inicia na identificação das plantas que ocorrem naquele local, próximo ao que foi degradado e a partir daí vamos iniciar o processo de sementes, mudas”, disse Soraya Alvarenga Botelho, professora da área de restauração de floresta.
O primeiro passo, segundo os profissionais, é trazer o verde de volta ás margens do rio, por isso, diferentes tipos de plantas estão sendo analisadas. Entre os passos está também a investigação genética das plantas. “A diversidade é fundamental para que as plantas se desenvolvam. É importante monitorar”, explicou o engenheiro florestal e estudante de mestrado, Carlos Delano Cardoso de Oliveira.
G1 Sul de Minas
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