Postado em segunda-feira, 14 de outubro de 2013 às 15:22

MP analisa denúncias de desvio de função na Câmara Municipal

Informações foram solicitadas à Câmara para uma análise preliminar para verificar se há procedência na denúncia.


Alessandro Emergente

O Ministério Público (MP) está averiguando denúncias de desvio de função na Câmara Municipal de Alfenas. Informações foram solicitadas à Câmara para uma análise preliminar para verificar se há procedência na denúncia e, caso existam indícios, deverá ser aberta uma investigação.

Ouvido pela reportagem recentemente, o promotor de Justiça, Fernando Magalhães Cruz, disse que somente após analisar os documentos iniciais é que poderá definir uma medida, que pode resultar em uma recomendação para a presidência da Câmara Municipal para que faça as adequações necessárias, abertura de inquérito para apurar as denúncias ou arquivamento caso não encontre indícios para prosseguir o caso.

Segundo o promotor, a denúncia envolve supostas irregularidades na admissão de estagiários sem processo seletivo e número maior de contrações de cargos em comissão (confiança) do que de provimento efetivo (concursados). “Estamos na fase preliminar”, disse ao comentar o procedimento.

Aumento de cargos

Em agosto, a Câmara Municipal efetivou a criação de novos cargos após meses de impasse na Justiça. A tramitação do projeto de lei chegou a ser suspensa após a aprovação em plenário por vícios no processo legislativo. A votação teve que ser anulada e o projeto retornar para análise da relatoria da Comissão de Constituição, Legislação, Justiça e Redação Final (CCLJRF).

Fotos: Alessandro Emergente/Arquivo 

O promotor de Justiça, Fernando Magalhães Cruz, que analisa as denúncias

A lei criou 19 novos cargos na Câmara Municipal de Alfenas, aumentando para 68 o número total de vagas no Legislativo entre comissionados e efetivos. De acordo com uma reportagem, publicada em junho, os gastos com contratados subiriam R$ 35 mil, saindo de R$ 67 mil para R$ 102 mil. 

Com a nova lei, de autoria da Mesa Diretora, cada vereador passou a ter direito a dois assessores parlamentares diretos, situação que não existe em outras Câmaras da região. Porém três dos 12 vereadores, contrários a medida, não indicaram novos assessores.

O cargo de assessor é indicado pelo vereador e a nomeação feita pelo presidente da Casa. Como alguns vereadores não fizeram a indicação, o presidente da Câmara Municipal, Hemerson Lourenço de Assis (Sonzinho/PT), utilizou as vagas, nomeando novos funcionários para o cargo geral de assessor parlamentar, ou seja sem vínculo a nenhum gabinete. 

Prof. Chico, Elder e Hesse não indicaram um segundo assessor parlamentar.
Hesse não tem nenhum assessor direto na Câmara Municipal

De acordo com apurações da reportagem, alguns vereadores já tinham compromissos políticos para nomear um segundo assessor. Com a aprovação em plenário, dada como certa, alguns parlamentares já haviam chamado seus futuros assessores, mas o impasse judicial acabou atrasando as contratações.

Apenas três vereadores não indicaram um segundo assessor. No caso de Hesse Luiz Pereira (PSDB), o ex-prefeito optar por não ter nenhum assessor direto desde a legislatura passada. Já Elder Martins (PROS) e Francisco Rodrigues da Cunha Neto (Prof. Chico/PDT) têm, cada um, apenas um assessor parlamentar direto.

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