Postado em quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Queda do ICMS sobre o álcool ainda não reduz preço nas bombas
A queda da alíquota do ICMS sobre o álcool ainda não foi suficiente para derrubar o preço nas bombas.
Alessandro Emergente
A queda da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o etanol (álcool) ainda não foi suficiente para derrubar o preço nas bombas dos postos de combustíveis. Em Alfenas o preço médio registrado na primeira semana do ano ainda é o mesmo praticado durante o mês de dezembro.
A pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo) revela que o caso de Alfenas segue o que tem ocorrido na maioria dos municípios mineiros. De 67 municípios pesquisados pela Agência, em 40 deles o consumidor ainda não foi beneficiado com a redução da alíquota do ICMS de 22% para 19%.
Foto: Henrique Higino
Queda no ICMS ainda não é repassada para o bolso do consumidor
De acordo com uma reportagem do portal O Tempo, desta quarta-feira, o preço nas usinas também caiu. Está R$ 0,07 menor por causa da queda vinda dos produtores.
Alfenas
Em Alfenas, o preço médio do álcool nos postos de combustíveis permanece em R$ 2,18/litro. Este é o mesmo valor registrado nas quatro semanas de dezembro.
Em 12 postos pesquisados pela ANP foi detectada uma variação de R$ 0,31 entre o preço mais alto e o mais baixo. Varia de R$ 1,98 a R$ 2,29 o valor do litro do álcool nas bombas de combustíveis.
Região
Nas principais cidades do Sul de Minas o preço do álcool também não sofreu ainda variações por conta da redução do ICMS. São os casos de Pouso Alegre (R$ 2,25), Poços de Caldas (R$ 2,24), Varginha (R$ 2,18) e Três Corações (R$ 2,19) que registraram na primeira semana de janeiro (entre os dias 1º e 7) o mesmo valor cobrado na última semana de dezembro.
Em Passos, houve inclusive um acréscimo no preço médio cobrado dos consumidores indo de R$ 2,09 o litro para R$ 2,11. A cidade faz parte de uma estatística que inclui a capital mineira. Consumidores de 32 municípios viram o preço subir no período.
A queda, ainda tímida, pôde ser verificada em Lavras, onde o preço do litro caiu de R$ 2,22 para R$ 2,21, e em Itajubá que registrou uma queda de R$ 2,18 para R$ 2,17. Em 27 cidades pesquisadas houve queda.
Ao Tempo, o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Luiz Custódio Cotta Martins, disse que, nas usinas, o preço do litro que era de R$ 1,27 em dezembro, caiu para R$ 1,20 em janeiro. "Eu acredito que na bomba não caiu porque os postos ainda estão com álcool antigo no estoque", declarou.
A alíquota do imposto, que era de 25% até 2010, caiu para 22% no início de 2011, e no dia 1º de janeiro, o governo estadual fixou o imposto em 19%.
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