Postado em sexta-feira, 4 de março de 2011
Preço da cesta básica de alimentos já acumula 9% em Alfenas
Nos dois primeiros meses do ano o preço da cesta básica de alimentação em Alfenas teve uma alta de 9,14 %.
Alessandro Emergente
Nos dois primeiros meses do ano o preço da cesta básica de alimentação em Alfenas teve uma alta de 9,14 %. Passou de R$ 189,29 em dezembro do ano passado para R$ 206,61 no último mês. Em valores reais a diferença é de R$ 17,30 a mais que o consumidor precisa desembolsar.
Em janeiro, os alimentos que compõem a cesta básica já tinham aumentado 6,07%, atingindo R$ 200,78.
Tendência Mundial
O aumento no preço dos alimentos em Alfenas reflete uma tendência mundial. Em fevereiro, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou que houve recorde nos preços globais dos alimentos.
O recorde foi alcançado após o oitavo aumento consecutivo. O índice da FAO que mede o preço mundial dos alimentos registrou 236 pontos em fevereiro. Com uma elevação de 2,2% em comparação ao mês de janeiro, o valor é recorde desde o início da série histórica, em 1990. Com exceção do açúcar, todos os outros grupos de commodities alimentícias apresentaram aumento de preço.
Escalada do Preço
Em relação a janeiro, o salto no preço da cesta básica em Alfenas foi de 2,90%, uma vez que no primeiro mês de 2011 o valor registrado foi de R$ 200,78. O poder de compra, no período, registrou uma queda de 1,08%. No mês de janeiro o custo total da cesta representou 37,18% do salário mínimo, enquanto que em fevereiro ficou em 38,26%.
“Portanto, o reflexo do reajuste de salário mínimo não foi significativo”, analisam técnicos do Nampe (Núcleo de Apoio a Micro e Pequeno Empresa da Prefeitura de Alfenas), responsável pela divulgação da pesquisa mensal.
Sete produtos tiveram os preços aumentados. São eles, em ordem decrescente: os legumes (+41,20%), a batata (+22,71%), as frutas (+17,10%), o café (+6,76%), a margarina (+2,10%), o pão (+0,82%) e o óleo (+0,58%).
Os demais produtos registraram quedas de preços. São eles: o feijão (-10,92%), o arroz (-9,05%), a carne (-5,65%), o leite (-3,26%), o açúcar (-2,76%) e a farinha de trigo (-0,04%).
Segundo o professor Veslaine Antônio da Silva, responsável pela pesquisa, é importante salientar que eventuais promoções e ou alterações de preços acima da média num e noutro produto e/ou estabelecimento podem exercer “significativa variação” no custo total da cesta. “É o caso em fevereiro, quando os legumes, a batata e as frutas chegaram registrar aumentos de mais de um dígito percentual conforme se observa acima”, comenta.
A divulgação mensal da variação dos preços dos produtos e do custo total da Cesta Básica de Alimentação é um trabalho de cunho social da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Ação Regional, através do Nampe, que conta também com o apoio da Diretoria de Extensão e Comunicação da Unifenas (Universidade José do Rosário Velano), buscando apresentar um “termômetro” da economia do município. O estudo das variações é feito mensalmente entre os dias 15 e 20.
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