Após período de crise, Alfenas volta a recuperar nível de emprego

Alessandro Emergente

Após o baixo índice de geração de empregos em 2008, Alfenas voltou a recuperar o nível de emprego no ano de 2010. Dados do Caged revelam um saldo de 705 contratações em 2010, número bem superior ao de 2008 quando foram registradas 421 contratações.

Os dados referem-se somente aos meses de janeiro a novembro, uma vez que os dados de dezembro ainda não foram disponibilizados no sistema do Ministério do Trabalho.

Em 2010 foram 8.653 admissões contra 7.948 demissões, o que acarretou em um aumento real de 705 novos empregos com carteira assinada. Os destaques foram para os setores de serviço com 311 novos empregos e o comércio com um crescimento de 279 novas vagas ocupadas.

A construção civil aparece em terceiro com a geração de 151 empregos a mais no balanço anual. Números bem diferentes dos de 2008 quando a construção civil, por exemplo, teve um saldo negativo com 124 empregos a menos.

Em 2008, quando estourou a crise mundial, o saldo de contratações ficou em 421 – de janeiro a novembro. O destaque foi a agropecuária com 250 novas vagas preenchidas. O setor de serviços – destaque em 2010 – atingiu somente 55 novos empregos formais em 2008.

Já em 2009, ano auge da crise mundial, o nível de empregos começou a subir. Foram 596 novos empregos. O setor de serviços (255 empregos criados) começava a despontar-se como o de melhor desempenho. Já o comércio, apesar do saldo positivo, apresentou um nível (70 empregos a mais) bem abaixo do registrado em 2010 quando 279 profissionais conseguiram suas efetivações com carteira assinada.

Na avaliação do prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT), a recuperação do nível de emprego é o reflexo de uma política de investimentos públicos. Avalia que estes investimentos estatais foram uma estratégia para enfrentar a crise através da geração de empregos e da consequente movimentação da economia.

“No momento da crise não tiramos o pé. Pelo contrário, o que fizemos foi acelerar”, comenta o prefeito ao explicar a estratégia de aquecer a economia como forma de inibir a recessão.

O raciocínio defendido é o de que os investimentos públicos aumentam a massa salarial o que pressiona positivamente o consumo e, com isso, provoca contratações no comércio e no setor produtivo.

Apesar da recuperação em 2010, os níveis percentuais de crescimento ficaram abaixo do País. Enquanto que no Brasil o crescimento de 2009 para 2010 foi de 7,71%, em Alfenas foi de 4,47%.