Postado em sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bancários do BB e da Caixa Econômica param em Alfenas

Representantes do Sindicato dos Bancários conduziram uma paralisação dos funcionários das agências do BB e da Caixa.


Erick Vizoki
Especial para o Alfenas Hoje

Representantes do Sindicato dos Bancários de Varginha e Região conduziram uma paralisação dos funcionários das agências do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal em Alfenas nesta quinta-feira (dia 7). Os sindicalistas e ativistas da entidade distribuíram bananas aos clientes e funcionários e acreditam que as agências dos bancos privados da cidade devem aderir ao movimento na próxima semana.

Na manhã da quinta-feira, representantes do Sindicato dos Bancários de Varginha e Região já estavam fazendo panfletagem nas portas das agências para incentivar a adesão ao movimento e esclarecer a população. Nos panfletos, o título era: “Como sempre, os banqueiros dão outra banana para os bancários, clientes e sociedade”.

Representantes da categoria distribuíam bananas aos clientes que tentavam realizar operações bancárias no Banco do Brasil, que já estava com suas atividades paralisadas. Na entrada do banco, três diretores do Sindicato de Varginha explicavam aos clientes e funcionários os motivos do protesto.

“O salários dos bancários que trabalham nos bancos privados hoje é de R$ 700 e dos estatais é de R$ 900. É uma vergonha!”, declarou Marcelo Pizzo, diretor do Sindicato dos Bancários de Varginha, que estava acompanhado de outros dois diretores da entidade, Mariano e José Simões. Ele disse à reportagem que os trabalhadores em bancos reivindicam um piso salarial de R$ 2.100, valor calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

No entanto, a adesão ao movimento ainda conta quase que exclusivamente com a participação dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Segundo Pizzo, a paralisação dos bancários da Caixa, na base de abrangência do Sindicato, já é de 90%. Já os funcionários do Banco do Brasil totalizam 40% de trabalhadores em greve. “A paralisação é por tempo indeterminado. Mas é quase certo que a parir da semana que vem os funcionários dos bancos privados também participem da paralisação”, adverte o diretor do Sindicato.


Os bancários de todo o país iniciaram uma paralisação no dia 20 do mês passado (quarta-feira) em virtude de sua campanha salarial. A data-base da categoria é 1º de setembro, quando os funcionários de bancos e entidades financeiras iniciam as negociações de seu Dissídio Coletivo para reajustes salariais e reivindicam melhorias e atualizações de diversos benefícios.

Na quinta-feira, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, após nove dias de paralisação, contabilizou 8,28 mil agências, segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do ramo Financeiro). De acordo com a entidade, é a maior paralisação já ocorrida nos últimos 20 anos.

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), representante do lado patronal, propôs um reajuste de 4,29%, mas os bancários reivindicam um reajuste salarial de 11%, além de participação nos lucros e resultados, entre outros benefícios.

Na última quarta-feira (6) as agências da Caixa Econômica Federal de Passos e Alfenas também aderiram ao movimento, mas a agência alfenense só paralisou suas atividades na quinta-feira (7), juntamente com a agência do Banco do Brasil.

Desde a segunda-feira (4) cartazes com os dizeres “Se não melhorar, vamos parar” foram afixados em todas as agências bancárias da cidade. No entanto, as agências dos bancos privados da cidade não chegaram ainda a aderir à greve.

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