Postado em sábado, 3 de julho de 2010

Adaptação de game clássico, “Príncipe da Pérsia” surpreende

Com efeitos pirotécnicos e muita ação, “Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo” supera as adaptações anteriores de games para o cinema.


Erick Vizoki
Especial para o Alfenas Hoje 

Parece que Hollywood está mesmo decidida a tornar a sétima arte prima-irmã de outros filões, como as histórias em quadrinhos e videogames. O filme fez sua estreia em Alfenas nesta sexta-feira.

Basta ver a quantidade de superproduções baseadas nessas outras mídias que foram realizadas nos últimos anos. Aliás, essas adaptações estão praticamente concorrendo, lado a lado, aos remakes. Seria estafa criativa ou oba-oba das novas tecnologias?

Seja lá o que for, mais um blockbuster, oriundo dos consoles de games e de PC’s, chega ás telonas para matar a saudade de alguns marmanjos e levar ação, muita ação, e efeitos mirabolantes para a garotada. Neste caso, para pré-adolesccentes (ou pubescentes). 

>>Confira o trailer

“Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo” (Prince Of Persia: The Sands of Time, EUA, 2010) chega com todas as mesas propostas de sempre juntas: bastante ação, efeitos, barulho e público cativo, ou seja, os vidrados no clássico jogo criado em 1989 pela Ubisoft e que virou uma trilogia (o que, aliás, pode acontecer com o filme), com as continuações “Warrior Within” e “The Two Thrones”, lançada em 2003.

A diferença é que no game existe um elemento fundamental, que é a interatividade. A ação é controlada pelo jogador, através do joystick ou de um teclado. Na sala escura do cinema, os ex-jogadores mais fanáticos deverão sentir falta de alguma coisa nas mãos. O negócio é substituir por pipoca, refri e relaxar...

A trama segue mais ou menos a ideia original do game, com destaque para as macaquices do protagonista, com suas escapadas a la Simbad das mais variadas armadilhas e as escaladas por paredes e torres (“pulando para salvar a bela dama em perigo”).

Na antiga Pérsia (atual Irã) o príncipe Dastan (Jake Gyllenhaal) auxilia seu irmão a conquistar uma cidade. Lá ele encontra uma estranha e bela adaga, a qual decide guardar. Tamina (Gemma Arterton), a princesa local, percebe que Dastan detém a adaga e tenta se aproximar dele para recuperá-la. A adaga possui o poder de fazer seu portador viajar no tempo, quando dentro dela há areia mágica. Só que Dastan é vítima de um golpe. Ele é o encarregado de entregar ao pai, o rei Sharaman (Ronald Pickup), uma túnica envenenada, que o mata. Perseguido como se fosse um assassino, ele precisa agora provar sua inocência e impedir que a adaga caia em mãos erradas. E só.

Fotos: Divulgação 

Mas quem se importa com roteiro, quando o lance é mesmo o entretenimento? E isso a nova produção da Disney, com seu novo parceiro de megaproduções Jerry Bruckheimer, tem de sobra. Bruckheimer já é conhecido por diversas produções de sucesso, como top “Gun – Ases Indomáveis” (1986), “Armageddon” (1998), “Pearl Harbor” (2001) e “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra” (2003). Este último, por sinal, traz uma curiosidade e o início de uma nova era na Disney Pictures: foi o primeiro filme da produtora criada por Walt Disney indicada para crianças maiores de 13 anos. Talvez seja por causa de Jerry Bruckheimer, que além dos filmes citados, também é muito conhecido nas telinhas por séries como “Cold Case” (Arquivo Morto), “Without A Trace’ (Desaparecidos) e “CSI: Crime Scene Investigation” (CSI: Investigação Criminal), produções nada infantis.

Um dos maiores méritos de “Príncipe da Pérsia” é ser uma adaptação de games muito melhor que alguns antecessores, como “Mortal Kombat”, “Residenet Evil” ou “Street Fighter”, todas produções medíocres. Também, pudera: com um orçamento de US$ 150 milhões, era o mínimo que se podia esperar de uma superprodução da Disney, que sempre foi meio pão-dura com relação a seus filmes.

A primeira xceção foi justamente o fruto da parceria Disney/Bruckheimer, a já cultuada trilogia “Piratas do Caribe”. Encontrado o novo filão e parceiro, talvez surja outra trilogia, assim como o game original.



DEIXE SEU COMENTÁRIO

Caracteres Restantes 500

Termos e Condições para postagens de Comentários


COMENTÁRIOS

    Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

     
     
     
     

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo