Postado em sábado, 17 de outubro de 2009

Álcool dispara e perde a vantagem em relação a gasolina

O preço do álcool vem subindo nas bombas dos postos de combustíveis e perdeu a vantagem em relação a gasolina para quem tem veículo flex (bicombustível).


Alessandro Emergente

O preço do álcool vem subindo nas bombas dos postos de combustíveis e perdeu a vantagem em relação a gasolina para quem tem veículo flex (bicombustível). Em Alfenas o preço médio do álcool já supera o indicado como vantajoso em relação a média da gasolina.

De acordo com um levantamento feito pela reportagem em 11 postos da cidade, o litro da gasolina custa em média R$ 2,50 enquanto o álcool subiu para uma média de R$ 1,76. Valor que já ultrapassa em um centavo o recomendado por especialistas como opção vantajosa a escolha pelo álcool, que seria de 70% (R$ 1,75) .

No local mais barato, o litro do álcool já atinge R$ 1,59. Vinte centavos a mais que a opção mais em conta há cerca de dois meses. Na maioria dos postos, o litro do álcool é comprado a R$ 1,85.

A disparada tem sido registrada em todo o Brasil - aumento de 8,74% em um mês - e já provoca reação do Governo Federal. Na quarta-feira, durante seminário sobre o setor sucroenergético no Congresso Nacional, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, mencionou duas formas de conter a alta dos preços.

A primeira seria a redução do financiamento para a formação de estoques. A segunda, a diminuição do porcentual de álcool anidro na gasolina. "Essa mistura já esteve em 23% e passou para 25%. Podemos diminuir", afirmou.

O setor produtivo aponta a chuva, que vem castigando a região Centro-Sul, responsável por 90% da produção do país, como o principal fator que impulsionou os preços. Segundo um levantamento da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), houve um recuo de 11% na moagem, em relação à safra passada. Dos 30 dias disponíveis para moagem em setembro, apenas 20 teriam sido aproveitados.

Outro fator também é apontado como influenciador no preço: Muitos produtores estão preferindo exportar o açúcar no mercado internacional - em vez de fabricar etanol para o mercado interno - devido a valorização do commodity.



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