Postado em domingo, 23 de agosto de 2009
Número de contratações em Alfenas foi o menor desde 2005
O número de contratações em Alfenas, nos primeiros sete meses de 2009, foi o menor desde 2005. Este é o resultado apontado pelo Caged.
Alessandro Emergente
O balanço dos primeiros sete meses de 2009 apresentou um saldo positivo na relação de admissões e demissões com carteira assinada em Alfenas. Porém, o número de contratações foi o menor desde 2005. Este é o resultado do mercado formal de trabalho fornecido pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Os dados revelam que de janeiro a julho deste ano foram contratados 6.409 trabalhadores com carteira assinada contra 7.144 no mesmo período de 2008, o maior dos últimos cinco anos. As contratações registradas em 2009, no acumulado até julho, só fica acima das registradas em 2005, quando foram 5.942 admissões.
A queda no número de contratações em 2009 segue a tendência registrada no País, reflexo do período de recessão na economia mundial. No Brasil, as contratações em 2008 (nos primeiros sete meses) ultrapassaram a marca de 10 milhões, enquanto que no mesmo período de 2009 foram 9,3 milhões. Porém, este número alcançado em 2009 representou um salto de 2 milhões de admissões em relação a 2005.
O destaque no número de contratações em Alfenas foi o setor da agropecuária que registrou 3.329 admissões. O resultado do setor agropecuário segue a tradicional tendência da economia local de impulsionar as contratações no primeiro semestre de cada ano devido a colheita de café.
Outros setores também aparecem com volumes significativos de contratações entre janeiro e julho. O comércio registrou 1.090 admissões no período. O setor de serviço vem na sequência com 1.076 contratações. A indústria contratou 521 trabalhadores e a construção civil, 384.
Saldo Positivo
Apesar da queda no número de contratações, o saldo de empregos foi positivo nos primeiros sete meses de 2009. Foram 1.869 trabalhadores a mais com carteira assinada neste período. As demissões chegaram a 4.540. Pouco abaixo das 4.683 registradas no mesmo período de 2008, época em que a crise ainda não atingia a economia.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar os resultados do Caged, divulgados na semana passada, previu um aumento de 500 mil a 600 mil empregos formais na economia brasileira em 2009. Disse que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, tem uma previsão maior: de 800 mil a 1 milhão de novos empregos com carteira assinada.
Para Mantega, o impacto da crise financeira na economia já está superado no Brasil. "Até o final do ano, vamos gerar mais emprego ainda porque a economia estará mais aquecida", reforçou em entrevista divulgada pelo Estadão.
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