Postado em sexta-feira, 6 de março de 2009
Alfenas se prepara para entrar no comércio justo
Alfenas se prepara para integrar o “Fair Trade”, o comércio justo. Uma organização do mundo inteiro para comercialização de produtos agrícolas orgânicos.
Alessandro Emergente
O município de Alfenas se prepara para integrar o “Fair Trade”, o comércio justo. Trata-se de uma organização entre cidades do mundo inteiro para comercialização de produtos agrícolas orgânicos. A prefeitura de Alfenas já deu o primeiro passo ao assinar a Resolução nº 01, de 16 de janeiro. Agora, prepara a organização do Comitê Gestor.
Com a integração ao “Fair Trade”, os produtos de propriedades cadastradas em Alfenas serão submetidos há uma análise de uma certificadora internacional. Para receber o certificado, o produtor terá que adequar a sua propriedade, seguindo normas ambientais de preservação, assim como direitos trabalhistas.
Foto: Sérgio Andrigo/Prefeitura de Alfenas
Na foto, o secretário de Desenvolvimento Rural, Fábio Munhoz
O secretário de Desenvolvimento Rural, Fábio Munhoz, diz que a intenção é começar com a certificação de propriedades de café, uma vez que o produto tem fácil aceitação no mercado internacional. Ele lembra que 25% da produção cafeeira brasileira é do Sul de Minas, o que justifica a sua priorização no estágio inicial do “Comércio Justo”.
Mas a intenção é expandir o número de produtos locais a serem comercializados através do Fair Trade. O cadastramento visará propriedades rurais que produzem produtos orgânicos com ênfase para a agricultura familiar.
Fábio Munhoz explica que os países consumidores são os de economia avançada como França, Canadá e Japão, enquanto os fornecedores são países em desenvolvimento. Segundo ele, 630 cidades estão cadastradas no “Fair Trade”, criado na Inglaterra.
O primeiro passo foi dado com a publicação de uma Resolução no município que declara a entrada de Alfenas no “Comércio Justo”. Agora, começa a fase de implantação.
Será formado um comitê gestor com um representante dos consumidores externo, outro do Poder Público, um representante dos agricultores e um quarto integrante que será da Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). É esse comitê que vai intermediar a venda dos produtos com o comprador externo.
O secretário diz que tem feito um trabalho de articulação junto a outros municípios da região para que haja uma adesão regional. Isso facilitaria a exportação dos produtos. “A nossa idéia é que seja um projeto regional”, explica.
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